Embora envolvido em grave crise com Israel, que o atacou recentemente e matou um de seus principais generais, o Irã continua sua política de perseguir mulheres que não estejam usado o hijab — trajes usados por mulheres muçulmanas obrigatório no Irã — nas ruas.
Recentemente, uma mulher foi abordada pela “polícia da moralidade” por não usar hijab e protestou tirando suas roupas e andando desafiadoramente pelas ruas apenas de calcinha e sutiã.
Ela foi presa pelas forças do IRGC e está desaparecida.
A jovem, que não teve o nome divulgado, estuda na Universidade de Teerã. O porta-voz da Universidade, Amir Mahjob, compartilhou no X que "descobriu-se que ela estava sob forte pressão e tinha um distúrbio mental", informou a Reuters.
O paradeiro da mulher permanece desconhecido, mas, de acordo com o Hamshahri Daily, "uma fonte informada" indicou que ela pode estar internada em um hospital psiquiátrico após uma investigação.
Ao denunciar a prisão, a Anistia Internacional disse:
"As autoridades do Irã devem libertar imediata e incondicionalmente a estudante universitária. Enquanto aguardam sua libertação, as autoridades devem protegê-la da tortura e garantir o acesso à sua família e ao seu advogado", conforme relatado pela Barrons, uma editora com sede nos EUA.
Compartilhando o vídeo no X, Elica Le Bon, ativista e musicista, escreveu:
"No Irã, uma mulher que foi abordada pela 'polícia da moralidade' por não usar o hijab tira a roupa e anda pelas ruas em desafio. Desde então, ela foi presa pelas forças do IRGC e desapareceu à força. Essa é a face corajosa da verdadeira resistência."
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