A cúpula de líderes do G20, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, está marcada por tensões nas negociações da declaração final, especialmente devido à postura da Argentina sob a liderança do extremista Javier Milei.
A delegação argentina, chefiada pelo sherpa Federico Pinedo, alterou sua posição em pontos cruciais, o que pode comprometer a inclusão do país na declaração final.
A Argentina se opôs à inclusão de uma proposta de taxação de super-ricos, que previa um imposto de 2% sobre a riqueza dos bilionários. Essa proposta, considerada uma das prioridades pelo Brasil, poderia arrecadar entre US$ 200 e US$ 250 bilhões.
A Argentina também está criando impasses em outras áreas, como questões de gênero e políticas ambientais. O governo Milei já havia demonstrado resistência a uma agenda que incluísse igualdade de gênero e combate às mudanças climáticas, dificultando assim o consenso necessário para a declaração.
Caso a Argentina sustente os vetos ao documento final do evento, é possível que a negociação fracasse como um todo. A outra alternativa seria o governo Milei paorvar a declaração com ressalvas, o que permitiria a existência do documento final do evento. Outras opções seguem em debate entre os sherpas do evento.