Em 26 de outubro deste ano, Israel executou uma ofensiva aérea ao Irã em resposta ao ataque de 200 mísseis balísticos coordenado pelo Teerã ao seu território no começo daquele mês.
O ataque iraniano, por sua vez, fora executado em retaliação às diversas ofensivas israelenses na Palestina ao longo dos últimos meses, responsáveis por executar mais de uma dezena de líderes de grupos políticos — além de mais de 42 mil civis palestinos.
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Um homem identificado como Asif William Rahman foi detido no Camboja nesta terça (12), de acordo com fontes internacionais, sob a acusação de ter compartilhado, em um canal do aplicativo de mensagens Telegram, documentos pertencentes à Agência Nacional de Inteligência Geoespacial (NGA) dos EUA.
A Agência é responsável por colher e analisar imagens de satélite e tem informações estratégicas acerca de operações militares em territórios em disputa.
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Os documentos vazados detalhavam informações do plano de ataque israelense ao Irã e “faziam previsões” sobre a operação planejada por Tel Aviv. Segundo conta a Reuters, os documentos eram compartilhados, inicialmente, com membros do grupo “Cinco Olhos" (Five Eyes, ou FVYE, na sigla em inglês), uma aliança de inteligência formada por Austrália, Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia e os próprios EUA.
O acordo de cooperação entre os países, que remonta do período pós-II Guerra Mundial, foi assinado a partir da Carta do Atlântico, que estabelecia os objetivos comuns das potências no pós-guerra e determinava o compartilhamento de informações entre suas inteligências nacionais.
Os documentos a que Rahman tinha acesso eram, portanto, conteúdo classificado de segurança nacional e detalhavam a movimentação militar que Israel pretendia empregar na operação.
Rahman trabalhava na Agência de Inteligência norte-americana (CIA) e chegou a ser indiciado por um tribunal federal do estado da Virgínia, que conduziu uma investigação sobre o vazamento; ele foi detido nesta terça (12) pelo FBI e transportado, hoje (14), a um tribunal em Guam, território insular dos EUA na Micronésia, no Oceano Pacífico, para responder às acusações de espionagem.