Na última terça-feira (1/10), a Forbes revelou quem são as 400 pessoas mais ricas dos Estados Unidos.
Entre nomes conhecidos e personalidades do mundo corporativo, como Jeff Bezos, magnata fundador da Amazon (que está no segundo lugar da lista) e Mark Zuckerberg, fundador do Facebook e dono da corporação META (que vem em terceiro), estão também 1% de nomes afro-americanos.
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Quatro pessoas negras compõem o ranking deste ano, e a mais rica entre elas — David Steward, um empresário do setor de tecnologia (fundador da World Wide Technology, que oferece serviços de TI) —, concentra uma fortuna de US$11.4 bilhões.
No ano passado, esse valor era US$7.6 bilhões, de acordo com a Forbes. Em segundo lugar vem o bilionário afro-americano Robert Smith, com uma fortuna estimada de US$10.6 bilhões.
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A empresa de Steward, o afro-americano mais rico dos EUA, atende empresas como a Apple e a Microsoft, e, em 2023, teve uma remuneração de US$17 bilhões.
Ainda assim, a distância entre ele e o segundo lugar da lista, Bezos, é de aproximadamente US$186 bilhões em fortuna estimada.
Para termos de comparação, Bolívia, Costa Rica e Honduras somam, juntos, um PIB de aproximadamente US$145 bilhões, enquanto a fortuna de Bezos é de US$197 bilhões. Mas essa disparidade fica ainda maior quando se olha para o primeiro nome da lista — Elon Musk, empresário dono da SpaceX e da Tesla, cuja fortuna está estimada em US$244 bilhões.
Aproximadamente 67% da lista de 400 mais ricos da Forbes é "self-made" (isto é, enriqueceu com esforços próprios, como projetos revolucionários de tecnologia ou ideias arriscadas de negócios) — inclusive os quatro afro-americanos citados no ranking —, de acordo com uma matéria da Forbes.
Já Musk, nascido na África do Sul, é o herdeiro de um negócio bastante rentável: a posse de uma mina de esmeraldas na Zâmbia, país que faz fronteira com a República do Congo.
Os outros afro-americanos a compor o 1% do ranking são Alexander Karp, cofundador da Palantir, uma empresa especializada em softwares de big data (com fortuna estimada em US$3.6 bilhões), e o jogador de basquete da NBA Michael Jordan (com US$3.5 bilhões).
De acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial para 2023, o 1% da população mais rica do mundo acumula até dois terços das riquezas mundiais; e, na última década, essa concentração já avança para 50% da riqueza global.
Fóruns internacionais e líderes mundiais já têm defendido a taxação mais rigorosa de grandes fortunas como método de corrigir disparidades na distribuição de riquezas e recursos nacional e internacionalmente.