GRAVÍSSIMO

Erro médico: Hospital remove por engano útero de 33 pacientes

Em nota, instituição, que é de referência e universitária, diz que tal fato jamais deveria ter ocorrido, mas que “dará compensação às vítimas”

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De LISBOA | Um caso envolvendo erros médicos sistemáticos tornou-se um escândalo em toda Europa nos últimos dias. O Hospital Universitário de Uppsala, na Suécia, instituição de referência no país nórdico, realizou no período de dois anos a retirada de úteros de 33 pacientes sem que isso fosse necessário.

Segundo um comunicado da própria unidade de saúde, as cirurgias de histerectomia foram realizadas após exames histológicos (biópsias) terem apontado erroneamente a presença de tecidos cancerosos nos materiais biológicos das pacientes submetidos a análise laboratorial.

De acordo com as apurações realizadas até agora e a cobertura da imprensa local, as seguidas cirurgias foram realizadas após a constatação por parte dos médicos do Hospital Universitário de Uppsala de uma verdadeira “onda” de diagnóstico de câncer de útero em pacientes da unidade. Sem uma explicação ou tese aparente para justificar tal aumento nos casos da doença, os profissionais foram checar as análises realizadas e encontraram os equívocos nos resultados dos exames que analisaram as células das mulheres.

As pacientes submetidas à retirada de útero têm entre 38 e 85 anos. Muitas delas ainda estavam em idade fértil e tinham a intenção de ter filhos. “Lamentamos profundamente o que aconteceu”, disse o diretor médico da instituição, Johan Lugnegard.

Em nota divulgada aos veículos de comunicação e à comunidade, o Hospital Universitário de Uppsala afirmou que “as mulheres afetadas pelos erros terão a oportunidade de pedir uma compensação” pela retirada de seus órgãos.