De LISBOA | Era hora do almoço desta quarta-feira (2), por volta de 13h20, quando um triplo homicídio a tiros, acertando as vítimas na cabeça, fez com que viaturas policiais se deslocassem para o local da ocorrência. Você pode pensar que se trata de um mais um crime de violência brutal ocorrido no Brasil, mas não. O fato ocorreu num bairro movimentado e turístico de Lisboa, em Portugal, um país com índices de criminalidade baixíssimos e onde ações empregando arma de fogo são quase zero.
Um homem dono de uma barbearia, localizada na freguesia de Penha de França, área contígua à famosa Alfama, no centro histórico lisboeta, assim como um casal de clientes, foram surpreendidos pela chegada de três sujeitos que estacionaram o um jipe na frente do estabelecimento. Eles desceram, fizeram os disparos e entraram de volta no automóvel, fugindo em direção à estação Santa Apolônia, a poucos metros dali e numa região ainda mais agitada e turística.
Os meios de comunicação portugueses reportam que as três vítimas fatais eram portuguesas, diz que os autores já teriam sido identificados, mesmo ainda não tendo sido presos. Não há informação ainda sobre a nacionalidade dos homicidas, já que Lisboa e, sobretudo a região do Centro Histórico, tem um percentual gigante de moradores nascidos em outros países.
As primeiras reportagens da imprensa lusa diziam que assassinos e assassinados se conheciam e que tudo teria ocorrido por questões relacionadas ao tráfico de drogas. Horas depois, a CNN Portugal informou em seu portal que o crime teria sido ocasionado por um motivo fútil: autores teriam tido cortes de cabelo negado pela vítima que era dona da barbearia. Em todos os casos, é absolutamente incomum um crime com tamanho grau de barbarismo no pequeno país europeu da Península Ibérica.
Até o início desta noite no horário local, a área do crime seguia interditada e dezenas de viaturas da PSP (Polícia de Segurança Pública) protegiam o perímetro, enquanto vários investigadores e peritos da PJ (Polícia Judiciária) recolhiam provas e tomavam depoimentos de testemunhas. Nas caixas de comentários das redes sociais, uma das coisas mais “ouvidas” era de que o brutal crime lembrava os casos mais violentos ocorridos comumente no Brasil.