DENÚNCIA

Mais um país se junta à África do Sul e denuncia Israel por genocídio na CIJ

Primeiro país sul-americano adere e respalda denúncia do Congresso Nacional Africano contra Israel

Créditos: Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
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O governo da Bolívia emitiu um comunicado através de seu Ministério de Relações Exteriores afirmando que vai corroborar com a África do Sul na ação que denuncia o estado israelense por genocídio em Gaza.

A África do Sul agiu duramente para denunciar o genocídio contra os palestinos e abriu uma ação na Corte Internacional de Justiça - que não é o Tribunal de Haia - porque o estado israelense viola as convenções contra o genocídio.

Lucho Arce, atual presidente da Bolívia

Desde 7 de outubro, o governo israelense já matou mais de 22 mil palestinos em Gaza, ou cerca de 1,1% da população da região. Além disso, o corte de acesso de água, luz e gasolina tem dificultado a sobrevivência dos palestinos que estão no local, bem como os ataques israelenses a hospitais.

Agora, a Bolívia se soma ao importante movimento internacional que cresce em favor dos direitos palestinos. Junto com Colômbia, Venezuela e Chile, La Paz acaba mostrando a força que a causa palestina também tem ganhado em países não-árabes e não-muçulmanos.

"O Governo do Estado Plurinacional da Bolívia valoriza a ação histórica empreendida pela República da África do Sul, que ajuizou ação em 29 de dezembro de 2023 contra o Estado de Israel perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ), em relação a violações por parte de Israel às suas obrigações da Convenção sobre o Genocídio para com o povo palestino na Faixa de Gaza", afirma nota do MRE da Bolivia.

"A Bolívia, comprometida com a paz e a justiça, signatária da Convenção do Genocídio, reconhece que a África do Sul deu um passo histórico na defesa do povo palestino, uma liderança e um esforço que deve ser acompanhado pela comunidade internacional que apela ao respeito pela vida (considerando que o relatório elaborado pelas Nações Unidas informa que mais de 21.000 pessoas morreram desde 7 de outubro de 2023, a maioria crianças e mulheres, refletindo as ações desumanas do Estado de Israel).
Vale lembrar que no dia 17 de novembro a Bolívia, juntamente com a África do Sul, Bangladesh, Comores e Djibuti, apresentaram um pedido ao Procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) para investigar a situação no Estado da Palestina", completou o comunicado.