A série israelense Fauda, que há alguns anos faz um sucesso estrondoso na Netflix, retrata de forma bastante aprofundada o conflito entre Israel e os palestinos que vivem nos territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, evidentemente sob o prisma dos judeus. Com muita ação, o seriado tem como carro-chefe justamente as cenas de operações especiais levadas a cabo por uma unidade de elite que na maior parte das vezes age disfarçada, ocasião em que o “líder natural” Doron Kabilio (interpretada pelo ator Lior Raz) mostra toda sua frieza e técnica militar.
Agora, com registros de câmeras de segurança de um hospital em Jenin, na Cisjordânia, uma “Fauda da vida real” veio à tona. As imagens mostram 12 agentes presumivelmente do Mossad, o serviço secreto de Israel, alguns vestidos com roupas de médico, entrando no local e executando três homens, sendo um deles integrantes do grupo Hamas e os outros dois membros da Jihad Islâmica.
A filmagem flagra a equipe israelense, que é composta por nove homens e três mulheres, circulando por uma ala do Hospital Ibn Sina, como se procurassem por um alvo específico. Em determinado momento, eles sacam armas automáticas, como fuzis, submetralhadoras e pistolas, e então executam os militantes palestinos, que foram identificados como Mohammed Jalamneh, Mohammed Ghazawi e seu irmão Basel Ghazawi, cujas filiações ao Hamas e à Jihad Islâmica foram confirmadas pelos dois grupos.
A alegação do Estado de Israel é que esses homens estariam planejando ataques contra alvos do governo de Tel Aviv. O vídeo foi compartilhado pelo ministro da Defesa israelense, Itamar Bem-Gvir, que legendou a cena dizendo “que todos os nossos inimigos saibam que nossas forças atuarão em todos os lugares e por todos os meios para proteger nossos cidadãos e o Estado de Israel”.
Naji Nazzal, diretor médico do Ibn Sina, disse à AFP que os alvos estavam numa área de reabilitação do hospital e que Base Ghazawi era um paciente paraplégico, prestes a receber alta. Os agentes do Mossad teriam utilizado armas com silenciadores, para não despertar pânico e correria na unidade de saúde.
Veja a cena: