INVESTIGAÇÃO INTERNACIONAL

Patrícia Lélis, procurada pelo FBI e sob risco de ficar 20 anos presa nos EUA, dispara: "Fuck USA"

Ex-namorada de Eduardo Bolsonaro, a jornalista que ganhou fama após denunciar suposta tentativa de estupro de Marco Feliciano afirma estar em "asilo político" em outro país

Patrícia Lélis.Créditos: Reprodução/Instagram
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A jornalista brasileira Patrícia Lélis, ex-namorada de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e que ganhou fama em 2016 após denunciar suposta tentativa de estupro do deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), está sendo procurada pelo Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos, o famoso FBI

Patrícia é acusada pela Justiça dos EUA de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade. Segundo autoridades locais, a jornalista brasileira, que até então vivia no Texas, teria se passado falsamente por uma advogada de imigração e aplicado fraudes em seus clientes que somam cerca de US$ 700 mil (cerca de R$ 3,4 milhões) - valores que ela teria desviado para bancar despesas pessoais. 

O órgão federal da Justiça na Virgínia emitiu um comunicado oficial, nesta segunda-feira (15), no qual afirma que Lélis teria se identificado como advogada com o propósito de auxiliar clientes estrangeiros na obtenção de vistos E-2 e EB-5 para os Estados Unidos. O programa EB-5 oferece a oportunidade de conquistar residência permanente legal, e eventualmente, cidadania, mediante um investimento específico por parte do cidadão estrangeiro. 

"De acordo com a acusação, em 22 de setembro de 2021, Patricia Lelis Bolin enviou um acordo de retenção legal a uma vítima para obter ajuda na obtenção de vistos EB-5 para os pais da vítima. A vítima fez dois pagamentos iniciais totalizando mais de US$ 135.000 com base na declaração de Lelis Bolin de que o dinheiro estava indo para um projeto de desenvolvimento imobiliário no Texas que se qualificava para o programa EB-5. Em vez disso, o dinheiro da vítima teria ido para a conta bancária pessoal de Lelis Bolin. Em vez de investir o dinheiro conforme prometido, Lelis Bolin supostamente o usou para pagar a entrada de sua casa em Arlington, reformas de banheiros e pagar outras despesas pessoais, como dívidas de cartão de crédito", diz um trecho do comunicado. 

Segundo a Justiça norte-americana, Patrícia Lélis teria, ainda, falsificado documentos e assinaturas para encobrir o suposto esquema ilegal. Caso seja condenada, a jornalista, que é oficialmente considerada foragida pelo FBI, pode pegar até 20 anos de prisão.

Confira a íntegra do comunicado da Justiça dos EUA sobre Patrícia Lélis aqui

"Fuck USA" 

Através das redes sociais, Patrícia Lélis confirmou que está sendo investigada e procurada pelo FBI, mas negou as acusações de fraude, dizendo que "roubou" documentos para não ser usada de "bode expiatório" em uma suposta articulação contra brasileiros. A jornalista informou, ainda, que não está mais nos EUA, mas em outro país, onde teria recebido asilo político. 

"Querido diario, comecei 2024 sendo 'procurada' pelo FBI por mesmo o governo sabendo que estou em asilo politico em outro pais. Meu crime: Peguei documentos de uns norte-americanos safados que me pediram para ser bode espiatorio contra os meus e meti o pé. Boa sorte, USA, e contem sempre comigo para estar contra o governo norte-americano", escreveu. 

"Olá twitter e várias pessoas que não conheço mas acreditam que eu devo explicaçoes de algo. Sim, o FBI no USA está me 'procurando'. Mas já sabem exatamente onde estou como exilada politica. Foram meses de perseguições e falsas acusações. Meu suposto crime: Não aceitei que me fizessem de bode espiatorio contra aqueles que considero como meus irmãos por cultural e principalmente por lado politico e sim, 'roubei' todas as provas que puder para mostrar o meu lado da historia e garantir minha segurança. E esses documentos já foram entregues ao governo que me garantiu asilo politico", prosseguiu.

Em outra publicação, Patrícia Lélis ainda disparou contra o governo norte-americano com um "fuck USA". 

"E agora publicamente e de forma Segura posso dizer: FUCK USA. E até que fim estou fora desse país de merda. Se quiser podem me matar, mas eu JAMAIS iria contra o meu proprio povo, ainda mais para dar informações ao USA. Agora vou ali curtir uma praia bem tranquila. Beijos e mais beijos".