O secretário executivo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) Jens Stoltenberg reforçou que planeja a entrada da Ucrânia no bloco de segurança coletiva liderado pelos EUA.
Após encontro com Zelensky, o chefe da organização — que reúne países europeus e os EUA — afirmou que a contra-ofensiva da Ucrânia está valendo a pena.
"Cada metro que as forças ucranianas recuperam é um metro que a Rússia perde. Os ucranianos estão a lutar pelas suas famílias, pelo seu futuro, pela sua liberdade. Moscovo está a lutar por ilusões imperiais", afirmou Stoltenberg, acrescentando que a Ucrânia “está agora mais perto da NATO do que nunca”.
A contra-ofensiva ucraniana é considerada um grande fracasso entre todos os analistas militares. As forças ucranianas conseguiram operar ataques simbólicos, como explosões em Moscou, em Sebastopol e dentro do território russo, mas não conseguiram realizar nenhum avanço territorial nos três fronts de batalha: Kherson/Donetsk, Zaporizhia ou Mykolaiev.
Os EUA gastaram US$ 45 bilhões de dólares somente em 2023 em apoio militar para a Ucrânia. Além disso, outros países da União Europeia também dedicaram bilhões em armas e em apoio financeiro para Kiev, que prometeu um avanço contra a Rússia para tentar derrotar Moscou.
O problema é que a contra-ofensiva ucraniana simplesmente não avançou nada e o inverno já está chegando, o que vai impedir prováveis avanços de ambos os lados no conflito.
Uma possível entrada Ucrânia na OTAN já ativaria o artigo 5 da entidade, o que autorizaria o deslocamento de tropas e o uso de armas nucleares dos EUA contra a Rússia. Não é um caminho de paz. Analistas afirmam que existe uma possibilidade remota disso acontecer com uma guerra em operação.
Porém, um dos tratados da OTAN afirma que novos membros não podem ter disputas territoriais em aberto ou estarem em conflito com outro país. Portanto, a entrada da Ucrânia na OTAN teria de ocorrer após um paz com acordo de Kiev e Moscou.