O ex-presidente dos EUA Donald Trump desembarcou de seu avião no estado da Geórgia, no fim da tarde desta quinta-feira (24), para se apresentar num presídio onde foi fichado pela Justiça. Embora tenha sido por alguns minutos, o antigo chefe de Estado esteve tecnicamente “preso” nesse período e especialistas norte-americanos afirmam que ele possivelmente fez a emblemática “mug shot”, a foto que os indiciados são obrigados a tirar em alguns estados dos EUA ao se apresentarem diante de um juiz para serem acusados, ocasião em que se declaram “culpados” ou “inocentes”.
Ainda que em outras três ocasiões o ex-presidente tenha conseguido evitar a “mug shot”, desta vez o xerife do condado de Fulton, onde ele se apresentara, Pat Labt, garantiu que por lá “todos fazem a foto dos presos”. A fiança para sua saída foi estipulada em US$ 200 mil, o que para Trump é um valor irrisório.
O presídio onde Donald Trump ficou “preso” por alguns minutos está superlotado. A Rice Street Jail é apontada por autoridades penitenciárias da Geórgia como um local insalubre e de péssimas condições para os padrões estadunidenses.
No mesmo processo em que Trump é acusado por “tentar adulterar o resultado das eleições”, outros 11 correligionários do líder da extrema direita norte-americana já se apresentaram ao juiz na Rice Street Jail, sendo que apenas um deles não teve direito a fiança e permaneceu detido. Harrisson Floyd não recebeu o benefício por parte da Justiça e teve que ficar no cárcere, sem prazo estipulado para ser liberado.
Após sair do local, na pista do aeroporto de onde partiria de volta para casa, o extremista que ocupou a Casa Branca foi até os repórteres e disparou novas bravatas, como é habitual. “A eleição foi fraudada... Não fiz nada de errado e tenho todo o direito de questionar uma eleição fraudada”, disse.