O presidente francês, Emmanuel Macron, um grande entusiasta dos esportes, o que pôde ser visto na final da última Copa do Mundo, no Catar, quando entrou no vestiário da seleção nacional e no campo antes da disputa de pênaltis em que os ‘Bleus’ saíram derrotados para os argentinos, protagonizou novamente uma cena num ambiente esportivo, só que desta vez o que veio junto foi uma avalanche de críticas por conta de seu comportamento.
Após a final do campeonato francês de rúgbi, o chefe de Estado foi ao vestiário do clube campeão, o Toulouse, e lá, em meio aos cânticos e comemorações, pegou uma garrafa long neck de cerveja e virou de uma só vez, em 17 segundos. A atitude, relativamente normal entre jovens nas últimas gerações, despertou a fúria de boa parte da opinião pública francesa, em que pese os gritos eufóricos dos jogadores celebrando o “feito” do ocupante do Palácio do Eliseu.
Em seu perfil no Twitter, a deputada ambientalista Sandrine Rousseau atacou o que, segundo ela, é um comportamento que alimenta o machismo. “Masculinidade tóxica na liderança política em uma imagem”, disse.
“Há algo de masculinista e viril em beber a cerveja assim, goela abaixo”, disse o escritor e ensaísta Mathieu Slama, num programa de televisão.
“Em 2018, Emmanuel Macron denunciou jovens que “se embriagam em alta velocidade com bebidas alcoólicas fortes e cerveja”. No sábado, 17 de junho, ele virou uma de uma só vez no vestiário do Toulouse”, escreve o jornal Libération.
Várias entidades médicas e da área de saúde também condenaram a atitude de Macron. Elas afirmam que tal atitude, vindo do líder máximo do país, não incentiva um comportamento responsável e saudável. Dados do Ministério da Saúde da França mostram que todos os anos morrem pelo menos 49 mil pessoas por algum motivo ligado ao álcool.
Mas houve também quem saísse em defesa do mandatário francês, como o deputado Jean-René Cazeneuve, afirmou ser aquela cena apenas a de um “presidente compartilhando a alegria de 23 jogadores e participando de suas tradições”.
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