A Suprema Corte da Grécia, por decisão de 9 de seus 10 magistrados, baniu definitivamente a principal agremiação política de extrema direita da vida pública nacional. O Partido Nacional Grego, que pretendia substituir o extinto “Aurora Dourada”, um antro de neonazistas e fascistas que atacavam imigrantes e políticos de esquerda, tentou se reorganizar para disputar as eleições gerais marcadas para o próximo dia 21 de maio, mas acabou sendo retirado da disputa por não cumprir com as exigências mínimas para isso.
Recentemente, o parlamento grego aprovou uma lei que proíbe que pessoas condenadas por crimes considerados graves (com penas acima de 13 anos), assim como os partidos que lideram, de disputar cargos públicos e fazer parte do Legislativo. Esse é o caso exato do Partido Nacional Grego, que tem lideranças presas há alguns anos, como seu chefe máximo, Ilias Kasidiaris.
Na súmula em que tomou a decisão, a mais alta corte do Judiciário grego argumentou que tal medida necessária foi para proteger a democracia no país. A Europa como um todo, além de países de outros continentes, como os EUA, o Brasil, entre outros, atravessam uma onda nos últimos anos de grandes votações em figuras e organizações fascistas.
Os advogados do Partido Nacional Grego informaram que não aceitam a decisão tomada pela Suprema Corte e anunciaram que recorrerão ao Tribunal Europeu para poder participar do pleito deste mês.