Vinte alunas de uma escola de ensino médio, em Mahdia, na região central da Guiana, morreram após um incêndio devastador destruir o dormitório feminino onde dormiam.
Em nota à imprensa, o governo guianense confirmou a tragédia e se solidarizou: "perdemos muitas almas lindas naquele incêndio. O número de mortos atualmente é de 20, enquanto vários outros ficaram feridos".
De acordo com a imprensa local, cinco aviões se deslocaram até Mahdia, cidade de mineração no centro do país, localizada ao norte do Brasil, para apoiar as autoridades regionais com suprimentos médicos. Sete crianças foram evacuadas para Georgetown, capital do país, a 320 Km.
De acordo com o presidente de Guiana, Irfaan Ali, o número de mortes pode ainda aumentar. O incêndio teria começado entre 23h e meia-noite, neste domingo (21), e rapidamente consumiu o prédio de madeira que abrigava as meninas do ensino médio. Quando o Corpo de Bombeiros da comunidade chegou ao local, havia pouco que poderia ter sido feito.
A escola atende principalmente jovens indígenas de 12 a 18 anos, segundo o governo local. Ainda de acordo com a imprensa, é muito cedo para apontar as causas do incêndio. Fortes tempestades na região dificultaram os trabalhos das forças de resgate.
O jornal guianense Stabroek News informou que o incêndio começou em um dormitório feminino. A tragédia em Mahdia, que ainda não teve as causas apuradas, traz à memória outro fato triste, o Incêndio no alojamento do Flamengo conhecido como Ninho do Urubu, em 2019, quando o fogo tirou a vida de 10 meninos da base do Flamengo que dormiam no local.
INVESTIGAÇÃO
A parlamentar guianense da oposição Natasha Singh-Lewis pediu uma investigação aprofundada. “Precisamos entender como esse incidente mais horrível e mortal ocorreu e tomar todas as medidas necessárias para evitar que essa tragédia aconteça novamente no futuro”, disse Lewis-Singh ao apontar que é um dia triste para o país.
A República Cooperativa da Guiana, de quase 800 mil habitantes, é uma ex-colônia britânica localizada no norte da América do Sul. Faz fronteira com o Brasil (Roraima e Pará).