Com uma carreira política extensa e tendo ocupado praticamente todos os postos na escala de poder do chavismo, Delcy Eloína Rodríguez Gómez, atual vice-presidenta da Venezuela, aos 53 anos, seria a aposta do presidente Nicolás Madura para sucedê-lo num futuro próximo. A hipótese, que a cada dia ganha mais força, é vista por analistas como um processo que pode destravar algumas relações do país sul-americano com o resto do mundo, tendo em conta as habilidades de Delcy. É válido lembrar que não há qualquer data concreta ou certeza de que isso irá acontecer.
Deputada, ministra do Gabinete da Presidência de Hugo Chávez, ministra das Comunicações e da Informação, chanceler, presidenta da Assembleia Nacional Constituinte, e secretária-geral do partido do governo. Esta é Delcy, a irmã mais nova de um importante clã político venezuelano, cujo irmão mais velho, Jorge Rodríguez Gómez, é atualmente presidente da Assembleia Nacional. Nos últimos anos, os dois irmãos têm tido grande protagonismo nos mais altos assuntos de estado e em várias oportunidades serviram de ponte entre a nação que representam e outros países, que em maior ou menor grau rejeitam relações formais com a Venezuela.
Com “boas relações” (dentro do possível) com inúmeros países, sobretudo agora com a mudança de governo na Colômbia, onde Gustavo Petro assumiu como o primeiro presidente de esquerda da história em Bogotá, e desde então tem promovido uma aproximação estratégica com Caracas, Delcy é vista por analistas da Europa e dos EUA como uma figura forte dentro da Venezuela e apta a promover algum nível de “melhora” com a comunidade internacional, já que a Venezuela está sob forte embargo imposto por Washington, que há pelo menos duas décadas tenta derrubar o governo e sustar a chamada revolução bolivariana.