Kim Smith, uma cidadã britânica de 61 anos, está à espera de um raro transplante duplo de mãos por seis anos. Apesar da dificuldade, ela rejeitou a cirurgia, depois que descobriu que seus doadores eram uma pessoa negra e um homem.
Ela tomou a decisão mesmo tendo sido avisada de que terá de esperar muito mais tempo por aceitar, apenas, dadoras mulheres e brancas, de acordo com o The Independent, jornal britânico.
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“Eu quero que elas sejam mãos pequenas”, declarou a ex-cabeleireira, que perdeu mãos e pés em consequência de uma infecção urinária, que levou à sepse (infecção generalizada) e nove semanas em coma, depois de passar férias na Espanha, em 2017.
Kim afirmou, ainda, que deseja receber um novo par de mãos que combine com seu tom de pele o mais próximo possível.
O cirurgião Simon Kay, responsável pelo procedimento, afirmou: “Todos nós variamos enormemente até o ponto que aceitamos diferenças de nossa própria aparência natural”.
“Se as mãos transplantadas não forem aceitas pelo receptor, existe um grande potencial de rejeição psicológica, levando ao não cumprimento da medicação imunossupressora e, eventualmente, à rejeição imunológica”, acrescentou.
O médico destacou, ainda, que o paciente precisa aceitar a aparência de seu novo membro, pois, caso contrário, pode parar de tomar a medicação para assegurar que seu corpo não o rejeite.