TRAGÉDIA

Menina de 3 anos mata irmã um ano mais velha com um tiro na cabeça

Caso reacende discussão sobre proliferação de armas não só nos EUA, mas também no Brasil. Tragédias envolvendo crianças tornaram-se comuns

Imagem ilustrativa.Créditos: Bureau of Alcohol, Tobacco, Firearms and Explosives
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Uma menina de apenas três anos matou com um tiro acidental a própria irmã de quatro anos, no condado de Harris, no Texas, numa tragédia que chocou os EUA. Segundo o xerife local, Ed Gonzalez, um grupo formado por familiares e amigos, composto por cinco adultos e duas crianças, estava num imóvel da localidade quando os pais das crianças acabaram possibilitando que elas tivessem acesso a uma pistola automática.

Segundo os depoimentos, parte dos adultos pensou que as meninas estavam sendo supervisionadas dentro da casa pelos outros adultos, e vice e versa. Na realidade, elas ficaram sozinhas e como a arma não estava em lugar seguro e trancado, acabaram a manuseando.

Eles informaram que ouviram um disparo num dos cômodos do imóvel e, ao chegarem na área onde estavam as crianças já encontraram uma delas caída de bruços, com um ferimento na cabeça. A menina chegou a ser levada às pressas para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

“Parece que mais uma vez temos outra história trágica de outra criança tendo acesso a uma arma de fogo e ferindo alguém”, explicou o xerife para a imprensa texana. De acordo com Gonzalez, é provável que o dono da arma responda criminalmente por não ter tomado os cuidados necessários na cautela do perigoso objeto.

Segundo a ONG Everytown Research & Policy, apenas no quinquênio de 2015 a 2020 foram compilados em seu levantamento pelo menos 2.070 disparos involuntários realizados por crianças e adolescentes no país, o que resultou em 765 mortes e 1.366 feridos.

Assim como ocorre nos EUA, o Brasil viu o número de acidentes e tragédias involuntárias com armas de fogo subir drasticamente nos últimos anos, sobretudo no período do governo de Jair Bolsonaro (PL), momento em que ocorreu um afrouxamento extremo das leis que impediam essa livre comercialização no país.