BRASIL NO MUNDO

A atitude de Lula para evitar suposta provocação do Irã durante sua viagem aos EUA

Prestes a se reunir com Joe Biden em Washington, mandatário brasileiro recebeu pedido do Teerã

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O presidente Lula embarcou nesta quinta-feira (9) para os Estados Unidos e, nesta sexta-feira (10), terá uma reunião bilateral com Joe Biden em Washington. Antes de viajar, o mandatário brasileiro precisou tomar uma atitude que envolve outro país após ser aconselhado por sua equipe e corpo diplomático. 

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o governo brasileiro negou um pedido do Irã para atracar navios de guerra esta semana no Rio de Janeiro. O país persa havia recebido autorização do Brasil, segundo a Marinha, para atracar as embarcações militares Iris Makran e Iris Dena no porto da capital fluminense entre os dias 20 e 30 de janeiro. O objetivo seria que os navios ficassem atracados por um curto período e, depois, seguissem para o Canal do Panamá para exercícios militares. O Irã, entretanto, não atracou os navios, e solicitou uma nova data para fazê-lo. 

Os dois países acordaram que as embarcações iranianas atracarão no Rio de Janeiro de 26 de fevereiro a 3 de março. Nos últimos dias, porém, o Teerã, segundo a Folha, teria feito uma solicitação informal ao Brasil para atracar os navios justamente no período da viagem de Lula aos EUA.

Conselheiros do presidente e diplomatas, então, interpretaram o novo pedido como uma tentativa de provocação do Irã aos EUA, já que ocorreria bem em meio à ida do presidente brasileiro ao país da América do Norte e, por isso, Lula descartou aceitar a data proposta

Segundo a Marinha, está mantido o período de 26 de fevereiro a 3 de março para o atraque das embarcações iranianas, embora haja uma forte pressão diplomática dos EUA para que países da América Latina neguem este tipo de pedido de atraques de embarcações do país persa. 

O Itamaraty não se manifestou oficialmente sobre o pedido do Irã para atracar os navios militares durante o período da viagem de Lula aos EUA.