Começa nesta quarta-feira (22), em Paris, a conferência "Internet for Trust", organizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que vai debater a questão dos direitos humanos no âmbito digital em nível global.
Por meio de suas redes sociais, o presidente Lula (PT) revelou que não vai ao evento e que será representado pelo Secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação (Secom), João Brant, que irá ler um documento elaborado pelo mandatário brasileiro.
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O presidente Lula vai pedir uma ação global contra as fakes news. "Em atenção ao convite que recebi da Diretora Geral Audrey Azoulay, enviei uma carta que será lida na abertura, defendendo esforço global para que as plataformas digitais garantam o fortalecimento dos direitos humanos, da democracia e do estado de direito, ao invés de enfraquecê-los", escreveu Lula.
O combate a fake news é uma das grandes preocupações e prioridades do presidente Lula, que tratou de tal assunto com Macron (presidente da França), Olaf Scholz (primeiro-ministro da Alemanha) e Joe Biden (presidente dos EUA) e que devem seguir o Brasil em uma grande ação global contra a disseminação de fake news e discurso de ódio pelas redes.
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Além disso, depois do dia 8 de janeiro, quando hordas bolsonaristas invadiram e destruíram os prédios do Três Poderes com o objetivo de dar um golpe de Estado, o combate à disseminação do discurso de ódio e fake News ganhou ainda mais prioridade no governo Lula que deve atuar por meio de duas frentes: com o Ministério da Justiça e no legislativo.
Na conferência da Unesco, o governo Lula vai defender o aprimoramento de legislações para as redes sociais, pois, acredita que isso é de fundamental importância para a defesa e manutenção das instituições democráticas.
Por sua vez, a Unesco estabeleceu alguns princípios que precisam ser levados em conta para a adoção de novas práticas, entre elas, a necessidade das plataformas em desenvolver políticas de respeito aos direitos humanos, transparência, prestar contas de sua atuação e se sujeitar ao escrutínio de organizações independentes.
Com informações do dO Globo