O mundo acompanhou apreensivo os casos de vários OVNIs (objetos voadores não identificáveis) que surgiram nos céus dos EUA e do Canadá nas duas últimas semanas e que inclusive renderam especulações sobre extraterrestes, espionagem por parte de outras potências mundiais e todo tipo de teoria mais amalucada. No auge da tensão, caças ultramodernos de tecnologia furtiva, como o F-22, da Força Aérea dos EUA, foram usados para abater esses aparelhos misteriosos.
No caso do OVNI derrubado na fronteira dos EUA com o Canadá, no território de Yukon, um míssil Sidewinder de quase meio milhão de dólares foi usado para colocar a baixo o “perigoso invasor” e mostrar ao mundo o poderio bélico de Washington contra qualquer um que ouse invadir seus céus.
Pois bem, ao que tudo indica, o episódio do OVNI de Yukon teria sido um grande vexame. O diário estadunidense New York Post publicou uma reportagem que mostra que o tal objeto voador não identificável não passaria de um simples balão caseiro que foi colocado na atmosfera por um clube de apaixonados por essa atividade.
Um coletivo, denominado Brigada de Balões Bottlecap do Norte de Illinois (NIBBB), o tal clube de balonistas, informou ao site especializado em aviação Aviation Week que um simples balão cilíndrico cheio de gás, que custa 12 dólares (aproximadamente R$ 60), com pequenos sensores simples que permitem rastreamento, foi colocado no ar quatro meses antes do episódio no Canadá, dando seis voltas na Terra nesse período. O problema é que, nas 24 horas que antecederam a derrubada do tal OVNI pelos F-22, o balão parou de emitir sinais justamente na região central da província de Yukon, no Canadá, o que fez as projeções matemáticas mostrarem que ele estaria exatamente na fronteira com o Alasca no dia em que o aparelho misterioso foi derrubado com um míssil.
Ou seja, é quase certo que o balão batizado como K9YO seja o tal “OVNI” que deixou as autoridades da Casa Branca de cabelo em pé, cuja operação para abatê-lo custou uma verdadeira fortuna em horas de voo com o moderníssimo F-22 e o foguete ultrapreciso disparado por ele.
O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte informou à emissora Fox News que agentes do FBI entraram em contato com os integrantes do NIBBB para que em breve “o Conselho de Segurança Nacional tenha mais informações sobre a possível identificação desse objeto”.