O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu uma entrevista coletiva para jornalistas locais nesta quinta-feira, em Washington, onde revelou a principal hipótese dos serviços de inteligência dos EUA sobre os recentes avistamentos e abates de objetos voadores não identificados (OVNIs) no país.
Biden afastou as suspeitas de que fossem novos balões de espionagem chineses e afirmou que “nada sugere” que os OVNIs derrubados nos últimos tenham como origem a China. “A avaliação atual do setor de inteligência é que esses três objetos derrubados provavelmente eram balões ligados a empresas privadas, instituições de recreação ou de pesquisa que estudam o clima na região”, declarou.
O democrata também afirmou que ordenou a derrubada dos OVNIs por conta da altitude em que voavam. Segundo o mandatário havia risco de perigo para a aviação civil.
Biden ainda falou sobre a conversa que teve com Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, e reafirmou que militares de ambos países se esforçam para recuperar os restos dos objetos derrubados a fim de encerrar o mistério.
“Agimos com cautela e derrubamos os objetos com segurança”, concluiu o presidente. Biden também afirmou que não tem nenhuma intenção de começar uma briga com a China e que seu país buscará melhorar os esforços de identificação de objetos voadores não tripulados.
Relembre os 5 avistamentos de OVNIs confirmados por autoridades na última semana
O primeiro OVNI
Na quinta-feira, 9 de fevereiro, um OVNI foi abatido pelos EUA, no Alaska. Em entrevista coletiva, o general Pat Ryder, do Pentágono, confirmou que um caça F-22 da Força Aérea dos Estados Unidos derrubou um Objeto Voador Não Identificado (OVINI) no Alasca, após receber a autorização do presidente Joe Biden.
"Em 9 de fevereiro, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte detectou um objeto no radar terrestre e investigou e identificou o objeto usando aeronaves de caça. O objeto estava voando a uma altitude de 40.000 pés (12 quilômetros) e representava uma ameaça razoável à segurança do voo civil", afirmou Ryder, ressaltando que Biden foi consultado e deu aval para abater o objeto, que está sendo resgatado por militares dos EUA. Segundo o general, que atua como secretário de imprensa do Pentágono, o objeto caiu em uma região de gelo marinho na costa nordeste do Alasca, onde se concentram as operações de busca.
"O objeto era do tamanho de um carro pequeno, portanto, não semelhante em tamanho ou forma ao balão de vigilância de alta altitude que foi retirado da costa da Carolina do Sul em 4 de fevereiro", disse Ryder, lembrando a derrubada de um balão que abriu crise diplomática com a China.
O segundo OVNI
No último sábado (11) foi a vez do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciar que seu país abateu um novo OVNI em região chamada Yukon, próxima ao Alaska.
“Ordenei a derrubada de um objeto não identificado que violou o espaço aéreo canadense”, escreveu. Trudeau não deu maiores detalhes sobre a ação e nem sobre o objeto abatido. Este já é o segundo caso similar registrado em um curto intervalo de tempo.
Na mesma publicação, o líder canadense anunciou que teve uma conversa com Joe Biden, presidente dos EUA, sobre o tema e que ordenou que equipes resgatem os restos do OVNI para a realização de estudos.
O terceiro OVNI
Cerca de quatro horas depois do caso ocorrido no Canadá, a Autoridade Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos EUA fechou brevemente o espaço aéreo no estado de Montana, que fica no oeste dos EUA e faz fronteira com o Canadá.
"O espaço aéreo está fechado devido a um objeto que pode interferir no tráfego aéreo comercial - o DOD [Departamento de Defesa dos EUA] retomará os esforços para observar e aterrar o objeto pela manhã", tuitou Matt Rosendale, congressista de Montana.
Em seguida, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD, na sigla em inglês) divulgou um comunicado dizendo que o espaço aéreo havia sido fechado devido a uma “anomalia de radar” que exigia que aviões de caça “investigassem”.
“Essas aeronaves não identificaram nenhum objeto para correlacionar com os acertos do radar”, disse o NORAD, que segue monitorando a região após a reabertura do espaço aéreo. Não há informações sobre um possível abate deste objeto.
O quarto OVNI
E na manhã do domingo seguinte (12), foi a vez da China divulgar nota afirmando que perseguiu um OVNI em seu espaço aéreo. O novo avistamento foi feito neste domingo (12) na cidade costeira de Rizhao, na província de Shadong, na China.
"As autoridades marítimas locais da província de Shandong, no leste da China, anunciaram no domingo que haviam avistado um objeto voador não identificado nas águas perto da cidade costeira de Rizhao, na província, e estavam se preparando para derrubá-lo, lembrando os pescadores de ficarem seguros por meio de mensagens", anunciou o Global Times, site oficial do governo da China em inglês no Twitter.
O quinto OVNI
Por fim, na tarde de domingo (12) o 5° objeto voador não identificado (OVNI) foi avistado e confirmado por autoridades em menos de 4 dias. Dessa vez, o Exército dos Estados Unidos anunciou a derrubada de um OVNI que sobrevoava o espaço aéreo do lago Huron, no estado de Michigan. Sem maiores danos colaterais ao entorno, a ação dos militares derrubou o objeto no próprio lago e a expectativa é de que seus restos sejam resgatados para estudos.
O espaço aéreo da região havia sido fechado pela Força Aérea dos EUA na manhã deste domingo e, após a ação foi reaberto.
“O objeto foi abatido por pilotos da Força Aérea dos EUA e pela Guarda Nacional. Um grande trabalho feito tanto pelos pilotos que estavam nos ares, como pelos militares que coordenaram a missão no quartel. Queremos saber exatamente o que é este objeto e qual o seu objetivo”, afirmou a congressista Alissa Slotkin, que representa o estado de Michigan.