Nesta quinta-feira (28), a Suprema Corte do Maine anunciou que Donald Trump estará fora das urnas no estado nas eleições do ano de 2024.
O estado famoso pelas lagostas segue o exemplo do Colorado e barra a campanha do republicano, que precisa de bons resultados nos swing states para conseguir se tornar presidente em 2024.
Lembrando: nos EUA, os estados tem delegados - que refletem o total de membros da Câmara dos Deputados e do Senado - e esses delegados escolhem, com base no voto popular, quem será o presidente do país.
Estados muito populosos como a Califórnia ou Texas podem ter mais de 30 delegados. Na maior parte dos estados, o vencedor do voto popular ganha todos os votos dos delegados.
O Colorado é um estado de voto democrata, e uma derrota do republicano era certeira no estado. Apesar da derrota simbólica, o banimento de Trump das urnas coloradenses não iria alterar o resultado eleitoral.
O Maine é outra história. O estado é um swing state, mas não funciona como os outros. No colégio eleitoral do Maine, usualmente se dá um voto para cada candidato nas eleições. O Maine tem só dois delegados.
Um voto a menos no colégio eleitoral pode não ser o fim do mundo, mas definitivamente reduz as chances de Trump ser o candidato republicano no ano que vem.
Em eleições apertadas, um bom desempenho nos swing states pode ser o decisor de águas. E, sim, um voto no colégio eleitoral pode ser o necessário para perder uma eleição.
A disputa entre George Bush e Al Gore em 2000 foi resolvida com 5 votos no colégio eleitoral. A eleição entre Rutherford B. Hayes e Samuel J. Tilden, em 1876, ficou marcada por ser decidida em um voto no comitê.
As cortes de Maine e Colorado afirmam que a “proibição insurrecional” na 14ª Emenda da Constituição dos EUA se aplica a Trump e ao ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.