O discurso do presidente Lula nesta sexta-feira (1), na Sessão de Abertura da Presidência da COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes, repercutiu positivamente diante de diversos integrantes da comunidade internacional presentes na Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas
O chamado do presidente a uma ação internacional imediata e concreta encontrou eco automático. A perspectiva de cobrar o cumprimento de metas antigas acordadas e por uma mudança no padrão que permite que as mudanças climáticas causem mais danos e prejuízos às populações mais pobres também foi bem recebida por diversos integrantes do evento em Dubai, nos Emirados Árabes.
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Na abertura de seu discurso, Lula citou Wangari Maathai, uma ambientalista, ativista política e defensora dos direitos das mulheres do Quênia, notável por seu trabalho pioneiro em desenvolvimento sustentável, democracia e paz
Uma mulher africana, a queniana Wangari Maathai, vencedora do prêmio Nobel da Paz, sintetizou bem o dilema da humanidade em sua relação com a natureza. Disse ela: 'A geração que destrói o meio ambiente não é a geração que paga o preço'.
Confira o discurso de Lula na íntegra
Quem foi Wangari Maathai
Wangari Maathai foi uma ambientalista, ativista política e defensora dos direitos das mulheres do Quênia, notável por seu trabalho pioneiro em desenvolvimento sustentável, democracia e paz.
Nascida em 1º de abril de 1940, Maathai se destacou por ser a primeira mulher na África Oriental e Central a obter um doutorado, conquistando-o em biologia veterinária na Universidade de Nairóbi.
Ela é talvez mais conhecida por fundar o Movimento do Cinturão Verde em 1977, uma organização ambiental que promoveu a plantação de árvores, conservação ambiental e empoderamento das mulheres.
Esse movimento contribuiu significativamente para o plantio de mais de 30 milhões de árvores no Quênia e ajudou inúmeras mulheres, proporcionando-lhes empregos e melhorando suas condições de vida.
Além de seu trabalho ambiental, Maathai também foi politicamente ativa. Ela lutou contra o regime autoritário no Quênia e promoveu a democracia e os direitos humanos, muitas vezes enfrentando perseguição política e até mesmo prisão.
Em reconhecimento ao seu trabalho, Maathai recebeu diversos prêmios e honrarias, incluindo o Prêmio Nobel da Paz em 2004, tornando-se a primeira mulher africana a receber este prêmio.
O comitê do Nobel destacou sua contribuição para "o desenvolvimento sustentável, a democracia e a paz".
Wangari Maathai faleceu em 25 de setembro de 2011, mas seu legado como uma pioneira no movimento ambientalista e defensora dos direitos humanos continua a inspirar pessoas ao redor do mundo.
Dia do Meio Ambiente em África
3 de março é o Dia do Ambiente em África, data que também reconhece a vida e o trabalho da primeira mulher africana a receber o Prémio Nobel da Paz por sua dedicação aos ecossistemas, Wangari Maathai, em reconhecimento à vida e ao trabalho da ambientalista queniana.
Maathai, que era professora universitária, foi também Campeã da Terra da ONU Meio Ambiente e embaixadora da Boa Vontade para a Floresta da Bacia do Congo. Graças a um movimento criado pela ativista, mais de 50 milhões de árvores foram plantadas no continente africano.