Diante da pressão mundial e das acusações de genocídio, Israel decidiu tomar uma medida para melhorar sua imagem: fez um mapa dividindo Gaza em áreas numeradas.
Agora, todo vez que for bombardear uma área vai avisar pela internet quais serão e com orientações aos habitantes.
Por exemplo: Vamos bombardear a área 670. Dirijam-se à área de segurança 2230. Evitem as áreas 667, 666, 661 e as demais ao redor.
Aos olhos de Israel, está aí tudo o que suas Forças Armadas podem fazer. Se as pessoas não obedecerem à determinação e forem mortas, a culpa é delas que não obedeceram ao aviso. É uma verdadeira licença para matar.
Não importa que a terra que eles estejam determinando que seja abandonada seja deles, palestinos. Não importa que, para os palestinos, uma ordem dessas não significa apenas deslocar seus corpos de uma área a outra; significa fazer isso levando todos os bens que puder carregar, porque aquela área vai ser arrasada, como está sendo toda a Gaza. Não importa também se no outro dia ele vai ter que fazer tudo de novo porque agora o lugar para onde foi deslocado é o escolhido para ser bombardeado.
Licença para matar
Isso já seria um absurdo em si. Mas há outro maior. Grande parte de Gaza ainda está sem energia. E a maioria da população não tem acesso à internet.
Então, simplesmente não têm como acessar o mapa com suas coordenadas e determinações, mesmo que quisessem obedecer ao ultimato de Israel.
É genocídio, mas agora Israel tem o mapa para alegar que avisou com antecedência, quem não saiu sabia dos riscos.
E a mídia Ocidental tem mais uma história da Carochinha para contar sobre a luta do "pequeno Israel" (uma das Forças Armadas mais bem equipadas e treinadas do mundo, que conta com armas nucleares) para exercer seu "direito de defesa" sobre o "gigante terrorista malvado Hamas".
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