Nesta terça-feira (21), o governo israelense confirmou o acordo com o Hamas para a liberação de reféns em troca de uma trégua de 4 dias no conflito na Faixa de Gaza.
Desde o início de novembro, as Forças de Defesa de Israel (IDF) estão avançando pelo terreno de Gaza com os objetivos de destruir o Hamas e liberar os mais de 200 reféns tomados pelas forças de resistência palestina.
O problema é que, mesmo após diversas semanas de ataques aéreos e por solo, o IDF tem tido dificuldades e não conseguiu encontrar o suposto 'quartel-general' do Hamas e o local onde os mais de 200 reféns estão localizados.
Um acordo costurado pelo governo do Catar entre os oficiais do Hamas e autoridades do governo israelense foi aprovado. A negociação foi confirmada pelo gabinete de Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.
“O governo israelense está empenhado em trazer todos os sequestrados para casa. Esta noite, o governo aprovou o esboço da primeira fase para atingir este objectivo, segundo o qual pelo menos 50 sequestrados – mulheres e crianças – serão libertados durante um período de quatro dias, durante os quais haverá uma pausa nos combates”, disse o comunicado do órgão.
Quais são os pontos do acordo
- Cessar-fogo de quatro dias: as hostilidades entre a Resistência Palestina - que inclui o Hamas, a Jihad e outros grupos - e Israel devem cessar por quatro dias, em terra, água e solo, a partir desta quinta-feira (23).
- Troca de presos/reféns: O principal ponto do acordo para o Hamas e para Israel era a troca de presos e reféns entre os dois grupos
- Reféns palestinos: 150 mulheres e crianças presas por Israel serão liberados pelas autoridades israelenses. A condição para a liberação é que as presas não sejam acusadas de homicídio. Não foram esclarecidos mais detalhes.
- Reféns israelenses: 50 mulheres e crianças sequestradas pelo Hamas serão liberados; serão 12 por dia ao longo de 4 dias.
- Cessação do horário de vigilância: Israel não poderá fazer voos de reconhecimento no sul de Gaza e não poderá realizá-los na região norte da Faixa entre as 10h e as 16h.
A guerra vai parar?
De forma simples e resumida, o acordo de trégua não vai resultar em um cessar-fogo permanente ou mesmo no fim das hostilidades. Isso foi confirmado por Israel.
“Há rumores absurdos lá fora de que depois de devolvermos os nossos raptados iremos parar a guerra”, disse o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.
“Por isso quero esclarecer: estamos em guerra, continuaremos em guerra, continuaremos em guerra até atingirmos todos os nossos objetivos. Destruiremos o Hamas, devolveremos todos os nossos sequestrados e desaparecidos e garantiremos que em Gaza não haverá qualquer partido que represente uma ameaça para Israel”, completou.