No próximo domingo, dia 15 de outubro, os eleitores equatorianos vão às urnas para definir quem será o presidente do país até 2025.
A candidata Luisa Gonzalez, advogada, ex-deputada e ex-ministra do Trabalho e do Turismo do Equador, venceu o primeiro turno com 33% dos votos. Ela é a representante da esquerda equatoriana e do partido Revolución Ciudadana, além de contar com apoio do ex-presidente Rafael Correa.
Quem tenta vencer o progressimos e continuar o governo falido de Guillermo Lasso é Daniel Noboa, empresário, político e administrador de empresas equatoriano. O outsider jovem recebeu 28% em sua candidatura pela Aliança Ação Democrática Nacional.
Como estão as pesquisas?
As pesquisas mostram uma disputa acirrada: Nas últimas pesquisas, Luisa González aparece com liderança de 51% contra 49% de Noboa.
Outras pesquisas em setembro mostravam Noboa à frente com 44% frente a 42% da candidata de esquerda. O problema é que as pesquisas do primeiro turno acabaram errando drasticamente, mostrando Noboa com menos de 3% de intenção de votos. No fim, ele recebeu 28% dos votos válidos.
A principal dificuldade para González é sua principal força: sua ligação com com Rafael Correa, líder de esquerda equatoriano vítima de lawfare. Se o Equador viveu seu melhor período de crescimento econômico das últimas décadas por conta de Correa, parte da população foi tomada por um anticorreísmo que levou Guillermo Lasso ao posto de presidente do país.
Para Noboa, outros desafios se impõem: além de totalmente inexperiente na administração pública, como Guillermo Lasso, o candidato de direita tem que provar que não cometerá os mesmos erros de seu antecessor.
O congresso equatoriano tem maioria de esquerda e travou completamente o governo de Guillermo Lasso, que utilizou a morte cruzada para evitar um impeachment no primeiro semestre.
Nas últimas eleições, o Revolución CIudadana conquistou 39% das cadeiras, com 48 assentos, e deve governar com o Claro que se Puede (CQSP)
Daniel Noboa, se eleito, terá dificuldades para se equilibrar com um congresso amplamente polarizado e pode, novamente, ter o mesmo destino de Lasso.