O México vive momentos de terror desde que o filho de El Chapo, fundador do cartel de Sinaloa, um dos mais poderosos do narcotráfico, Ovidio Guzmán, foi preso nesta quinta-feira (5).
Apontado como o atual líder do Cartel de Sinaloa, Ovidio Guzmán foi preso quatro dias antes da chegada do presidente dos EUA, Joe Biden, ao México, onde participa da Cúpula de Líderes da América do Norte.
A cidade de Culiacán, reduto do Cartel de Sinaloa, é o epicentro dos confrontos. O governo Sinaloa afirma que pelo menos 29 pessoas morreram, incluindo 10 militares e 19 supostos integrantes de facções vinculadas ao cartel.
Como reação à prisão de Ovidio Guzmán, grupos vinculados ao Cartel de Sinaloa promoveram uma série de ataques, tais como bloqueios de rodovias e estradas, veículos incendiados. Há relatos de civis sendo retirados de seus carros. A cidade está paralisada.
De acordo com informações do DW, o aeroporto de Culiacán, de Mazatlán e de Los Mochis foram fechados por motivos de segurança. Um avião da Aeromexicano chegou a ser atingido. Segundo relatos, homens armados teriam invadido o aeroporto da cidade para impedir que Guzmán fosse levado para outra região do país.
Diante da onda de ataques, Cristóbal Castañeda Camarillo, secretário de Segurança Pública de Sinaloa, orientou a população a não sair de casa.
A Secretaria de Educação Pública de Sinaloa suspendei as atividades escolares. A embaixada dos EUA no México emitiu comunicado onde orientas os cidadãos estadunidenses a evitarem a região.
Esta é a segunda vez que o narcotráfico realiza onda de ataques por causa da prisão de Ovidio Guzmán. Cenário semelhante se deu em 17 de outubro de 2019, que ficou conhecido como "culiacanazo". Diante da extrema violência, o governo mexicano libertou Guzmán.
Confira abaixo vídeos feitos por cidadãos e imprensa local de Sinaloa.