A Austrália está em alerta máximo e desaparecimento de um objeto ridiculamente pequeno e praticamente imperceptível gera pânico no país da Oceania. O pequenino artefato metálico, pouco maior que um botão de camisa, é na verdade uma microcápsula de Césio-137, um material radioativo extremamente perigoso que pode provocar uma contaminação nuclear de proporções desastrosas, semelhante ao acidente nuclear ocorrido no Brasil em 1987, em Goiânia, quando um cilindro metálico que continha a substância, usado numa clínica para tratamentos de radioterapia, foi abandonado e acabou achado e aberto por catadores de sucata. Os dados oficiais, no caso brasileiro, falam de quatro mortos e mais de 1.600 contaminados, mas as autoridades acreditam que os óbitos provocados pela exposição ao material foram bem maiores, já que várias pessoas morreram de sintomas semelhantes após o desastres sem que tenham sido contabilizadas nos dados oficiais.
O problema australiano começou quando a microcápsula desapareceu após sair de um campo de mineração na cidade de Newman e acabou se perdendo num trajeto de mais de 1.400km até o município de Perth. Ou seja, o material radioativo pode ter ficado pelo caminho num perímetro gigantesco e se alguém o encontrou pode estar com sérios problemas. Lá, o material não era usado para fins médicos, mas sim em atividades de mineração, o que é muito comum.
As autoridades australianos lançaram alertas por todo o país e espalham fotos do pequeno objeto metálico para que quem o encontre não mexa na minúscula peça, comunicando os serviços de emergência sobre a sua localização, para depois seguir imediatamente a um hospital fazer exames. Uma carga de Césio-137 daquele tamanho, embora pareça insignificante, pode causar milhares de vítimas, uma vez que o material altamente radioativo causa câncer. O contato com a pele de uma micropartícula do Césio-137 pode levar a queimaduras extremas e quadros graves de saúde, irreversíveis.