Após discurso do presidente Lula (PT) e do presidente da Argentina, Alberto Fernández, nesta segunda-feira (23), na Casa Rosada, em Buenos Aires, ambos participaram de uma coletiva. O brasileiro declarou que a Comunidade dos Estados da América Latina e Caribe (Celac) deve tratar Venezuela e Cuba com “muito carinho”. O encontro do grupo será nesta terça (24).
Ao mesmo tempo, Lula afirmou não concordar com a “ocupação territorial” da Ucrânia pela Rússia, mas também se posicionou de forma contrária “à ingerência no processo da Venezuela“, em crítica contra os Estados Unidos.
“Para resolver o problema da Venezuela, vamos resolver com diálogo, e não com bloqueio. Vamos resolver com diálogo, e não com ameaça de ocupação, ofensas pessoais”, destacou o presidente brasileiro. Ele ainda defendeu o processo de restabelecimento de relações diplomáticas entre Brasília e Caracas.
“Toda vez que se deve fazer alguma crítica a algum companheiro, ao invés de criticar, prefiro dar um conselho. A Venezuela vai voltar a ser tratada normalmente, como todos os países querem ser tratados. O que quero para o Brasil eu quero para a Venezuela, respeito à minha soberania e à autodeterminação do meu povo”, destacou.
Presidente brasileiro critica bloqueio imposto por EUA a Cuba
Lula ressaltou que espera que Cuba volte a um “processo de normalidade” e defendeu o fim do bloqueio imposto pelos Estados Unidos ao país, “que já dura mais de 60 anos sem nenhuma necessidade”.
“Os cubanos não querem copiar o modelo do Brasil, não querem copiar o modelo americano, querem fazer o modelo deles. E quem tem a ver com isso? O Brasil e os países da Celac têm que tratar Venezuela e Cuba com muito carinho”, acrescentou Lula.