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Governo Lula enterra aliança internacional criada por Bolsonaro e Donald Trump

Em nota, o Itamaraty declarou que o grupo de governos conservadores possuem “visões limitadas sobre direitos sexuais e configurações familiares”

Governo Lula enterra aliança internacional criada por Bolsonaro e Donald Trump.Créditos: Ricardo Stuckert
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Iniciado há 15 dias, o governo Lula (PT) de mais um passo no sentido de abandonar a agenda obscurantista do governo Bolsonaro (PL) ao romper com a aliança internacional estabelecida por Donald Trump e Bolsonaro. Tal aliança reunia 30 países que são contrários a qualquer avanço na saúde reprodutiva, aborto e questões LGBT.

A aliança internacional, que reúne países governados pela extrema direita, foi articulada pela ex-ministra do Direitos Humanos, Damares Alvez, e o então chanceler Ernesto Araújo. O grupo se chamava Consenso de Genebra e tinha por objetivo vetar qualquer referência em organismos internacionais a temas sore direitos reprodutivos e acesso à saúde sexual para meninas e mulheres. Também buscavam pautar o modelo único de família, ou seja, heterossexual. 

O grupo formado por países de orientação fundamentalista era questionado por entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras agências vinculadas à ONU. 

A aliança abandonada pelo governo Lula reúne países com péssimas políticas de direitos humanos, principalmente no que diz respeito a política de gênero, entre eles, Arábia Saudita, Bahrein, Hungria e Polônia. 

Além do Brasil, os EUA e a Colômbia, quando ambos os países elegeram governos progressistas (Joe Biden e Gustavo Petro, respectivamente) também deixaram a aliança fundamentalista. 

Por meio de uma nota, O Itamaraty afirma que o "Consenso de Genebra por um entendimento limitado sobre os direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família e pode comprometer a plena implementação da legislação nacional sobre a matéria, incluído os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)". 

O governo Lula também declarou que deixa a Aliança porque acredita "em diferentes configurações da família". "O governo reitera o firme compromisso de promover a garantia efetiva e abrangente da saúde da mulher, em linha com o que dispõem a legislação nacional e as políticas sanitárias em vigor sobre essa temática, bem como o pleno respeito às diferentes configurações familiares", destaca o documento do governo brasileiro.  

 

 

 

 

Com informações do UOL.