Tensão é a palavra que define o clima político no Chile, a três dias do plebiscito que vai decidir sobre a nova Constituição do país, neste domingo (4). O jornalista Simón Boric, irmão do presidente Gabriel Boric, foi agredido, nesta quinta-feira (1), nas proximidades do campus da Universidade do Chile, onde trabalha, sendo responsável pela comunicação da instituição.
O jornal chileno La Tercera divulgou que Simón e outros funcionários tentavam impedir o saque de uma loja em meio à confusão, quando manifestantes começaram a surrá-lo.
O dia foi de protestos. Pela manhã, um grupo de estudantes parou o trânsito e acendeu fogueiras na Alameda, uma das principais avenidas do centro da capital Santiago.
Quatro pessoas foram presas pela polícia durante essa ação, mas as identidades não foram reveladas, de acordo com Sylvia Colombo, na Folha de S.Paulo. Em relação às agressões contra o irmão do presidente, informações da imprensa local dão conta que houve duas prisões.
Está previsto para esta quinta o encerramento das campanhas do “Aprovo” e do “Rejeito”, a partir das 18 horas locais (19h de Brasília). As pesquisas mais recentes a respeito do plebiscito mostram equilíbrio entre os dois posicionamentos.
Simón Boric sofre ferimentos leves
Simón, que teve o celular roubado durante as agressões, foi encaminhado para o Hospital Clínico da Universidade do Chile. Lá, foi atendido para tratar ferimentos leves. Fotos e vídeos postados nas redes sociais mostram o jornalista sofrendo agressões e tentando se defender.
O presidente chileno visitou o irmão no hospital. Tanto a Universidade do Chile quanto o governo manifestaram repúdio à violência.