O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou à imprensa americana que o FBI (equivalente a Polícia Federal) fez uma operação de busca a apreensão em sua mansão localizada em Palm Beach, na Flórida, e batizada como Mar-A-Lago. Esta é a residência atual de Trump após deixar o cargo máximo dos EUA em janeiro do ano passado.
Extremamente irritado durante sua coletiva de imprensa, Trump não quis explicar o porquê da operação em sua casa, reclamou que nenhum outro ex-presidente foi tratado dessa forma e que coopera com as investigações a respeito da invasão do capitólio de Washington, em 6 de janeiro do ano passado, por seus seguidores. Na ocasião, eleitores de The Donald não queriam que a Casa Branca fosse entregue ao presidente eleito Joe Bide (Democratas).
"Estes são tempos sombrios para a nossa Nação, pois a minha bela casa, Mar-A-Lago está atualmente sitiada, invadida e ocupada por um grande grupo de agentes do FBI. Nada disto alguma vez aconteceu a um Presidente dos Estados Unidos", disse o ex-mandatário na coletiva.
Ele ainda afirmou que teve o cofre arrombado e que os Estados Unidos estão se tornando um “país falido de terceiro mundo”. Trump não estava na mansão Mar-A-Lago no momento da operação, mas em Nova Iorque, na Trump Tower.
Investigações da invasão do capitólio
As investigações sobre a invasão do capitólio em 6 de janeiro de 2021, que contam com a cooperação entre parlamentares e investigadores profissionais do Estado, confirmou que desapareceram documentos do Arquivo Nacional. Entre esses documentos haveria registros de telefonemas de Trump e de pessoas do seu círculo mais próximo relacionados com o fato investigado.
Trump teria sido obrigado, mediante processo judicial, a devolver 15 caixas de arquivos ao Arquivo Nacional após sua saída. As investigações se concentram em materiais subtraídos, possivelmente pelo ex-presidente. Trump, assim como sua cópia brasileira, o presidente Jair Bolsonaro, alega que houve fraudes nas eleições dos EUA, sobretudo as que o tiraram da Casa Branca.
A CPI do Capitólio, como apelidamos no Brasil, já prendeu Steve Bannon - guru de Trump ao estilo de Olavo de Carvalho com Bolsonaro no Brasil - e mira Eduardo Bolsonaro em suas investigações. Parlamentares ainda afirmam que Trump não queria que seus seguidores se retirassem no capitólio após 6 horas de invasão. Ele teria sido forçado a pedir a saída dos manifestantes.
O FBI e as demais agências e instituições de Estado envolvidas no caso não quiseram comentar a operação para os meios de comunicação.