Uma ocorrência aparentemente surreal assustou os moradores da pequena cidade de Pozo Almonte, no extremo norte do Chile, na tarde desta segunda-feira (22). Uma imensa nuvem roxa, aparentemente fina e muito extensa, cobriu grande parte da localidade, sendo notada ao longe no horizonte e mais perceptível ainda em áreas em que tocava morros e pontos mais altos do relevo.
A polícia, serviços de emergência e autoridades de saúde receberam uma avalanche de telefonemas e mensagens por conta do fenômeno, uma vez que a misteriosa e extravagante névoa levou também um medo de que ela fosse venenosa ou de alguma forma prejudicial à saúde dos pouco mais de 10 mil habitantes.
As primeiras informações dão conta de que a nuvem roxa teria surgido numa mina chamada Cala Cala, de onde se extrai salitre e iodo, nas proximidades da cidade. O superintendente de Meio Ambiente do governo central do Chile, Emanuel Ibarra, em entrevista a meios de comunicação locais, afirmou que a primeira hipótese analisada para o fenômeno seria um problema numa das bombas de extração de iodo, que teria feito o elemento químico passar da forma sólida para a gasosa, dispersando na atmosfera.
“É um evento que está associado à empresa Cosayach, em sua mina de Cala Cala, e isso não foi relatado pela empresa. No entanto, um gabinete de emergência foi instalado para monitorar o evento”, disse Ibarra aos jornais chilenos.
As autoridades do país andino classificaram a ocorrência incomum como um “crime ambiental”, mas não falaram qualquer coisa sobre o potencial danoso da nuvem na saúde dos moradores de Pozo Almonte, tampouco disseram se alguém apresentou problemas por conta da nuvem. A Superintendência de Meio Ambiente informou que dentro de 48 horas seria possível dar um balanço sobre o que de fato ocorreu e quais foram os impactos do fenômeno, e acrescentou que irá multar, penalizar e processar a empresa Cosayach.
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