DISPUTA

Empresa de Elon Musk é cotada na Europa para substituir foguetes russos

A Agência Espacial Europeia conversa com representantes da SpaceX, depois que a guerra na Ucrânia bloqueou o acesso ocidental aos foguetes russos Soyuz

A Space X, de Elon Musk, é favorita.Créditos: Divulgação
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A SpaceX, empresa pertencente ao bilionário Elon Musk, é a favorita da Agência Espacial Europeia (ESA) para substituir os foguetes russos, depois que a guerra na Ucrânia bloqueou o acesso ocidental aos Soyuz.

A empresa de Musk concorre com o Japão e a Índia, mas aparece com mais chances. As decisões finais sobre o caso dependem do cronograma não resolvido do foguete europeu Ariane 6.

“Eu diria que há duas opções e meia que estamos discutindo. Uma é a SpaceX, que é clara. Outra é possivelmente o Japão, que está esperando o voo inaugural de seu foguete de próxima geração. Outra opção poderia ser a Índia”, declarou Josef Aschbacher, diretor-geral da ESA, em entrevista à Reuters.

A SpaceX, eu diria, é a mais operacional delas e certamente um dos lançamentos de backup que estamos analisando”, acrescentou. Aschbacher afirmou que as negociações continuam em fase exploratória e qualquer solução alternativa seria temporária.

A Europa dependia da empresa italiana Vega para pequenas cargas, da russa Soyuz para médias e do Ariane 5 para missões pesadas. A próxima geração Vega C estreou em julho e o Ariane 6 foi adiado 2023.

Aschbacher afirmou que a guerra na Ucrânia mostrou que a estratégia de cooperação de uma década da Europa com a Rússia no fornecimento de gás e outras áreas, incluindo o espaço, não está mais funcionando.

Diretor-geral da Agência Espacial Europeia destaca dependência da Rússia

“Este foi um alerta, que temos sido muito dependentes da Rússia. Temos que esperar que os tomadores de decisão percebam tanto quanto eu, que temos que realmente fortalecer nossa capacidade e independência europeias”, destacou.

Porém, ele não acredita que a Rússia se retire da Estação Espacial Internacional (ISS), depois de 2024. “A realidade é que, operacionalmente, o trabalho na estação espacial está prosseguindo, eu diria quase nominalmente. Nós dependemos um do outro, gostemos ou não, mas temos pouca escolha”, acrescentou.