A Polícia Nacional da Colômbia esclareceu a morte do promotor de Justiça paraguaio Marcelo Pecci, vítima de um atentado a tiros em 10 de maio, enquanto curtia uma praia com a esposa, durante sua lua de mel, num resort da Ilha de Barú, próximo à cidade de Cartagena de Índias, no Caribe Colombiano. Uma dupla de pistoleiros chegou num jet-ski e desembarcou em terra, na frente do luxuoso hotel onde Pecci se hospedou, para na sequência disparar várias vezes contra ele. A jornalista Claudia Aguilera, com quem se casara dias antes, escapou ilesa da emboscada.
De acordo com as autoridades colombianas, as cinco pessoas envolvidas na execução do promotor já estão detidas e foram encontradas na cidade de Medellín. Ainda não há alguns detalhes da responsabilidade de cada um deles, tampouco as identidades, assim como informações sobre os mandantes, ainda que tenha ficado claro que a ordem para o atentado tenha partido do crime organizado paraguaio, que por muitos anos era investigado por Pecci.
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Uma mãe e seu filho, ambos colombianos e cujas idades não foram reveladas, chegaram a Cartagena de Índias no dia 6 de maio e dois dias depois se hospedaram no hotel em que Pecci também ficaria com a esposa. O crime começou a ser planejado em Assunção, em 30 de abril, dia do casamento de Pecci e Claudia, quando a facção criminosa que atua no país ficou sabendo do destino da lua de mel do casal com detalhes, já que a informação foi publicada por alguns jornais.
Mãe e filho monitoravam o promotor o tempo todo, passando aos sicários, dois homens venezuelanos que aparecem em imagens alugando a moto aquática, cada passo dado pelo casal. Os dois atiradores, assim como mãe e filho, eram transportados e orientados a todo momento, desde 6 de maio, por um homem colombiano que já foi detido e seria o elo com os contratantes paraguaios. Há fotos desse “coordenador” espalhadas por todo o país, oferecendo recompensa por informações sobre seu paradeiro, embora os cartazes e a própria Polícia Nacional não divulguem seu nome.
O que os investigadores descobriram também é que a quadrilha à qual pertenciam os cinco acusados atua no Departamento de Antioquia, onde fica Medellín, sua capital, e teria conexões com os temidos e superestruturados grupos criminosos ‘Oficina’ e ‘Cartel do Golfo’.
Agora, na segunda fase da operação, promotores e policiais colombianos viajarão ao Paraguai para que, junto com as autoridades locais, cheguem aos autores intelectuais, ou seja, os mandantes do atentado fatal perpetrado contra Marcelo Pecci.