Pela primeira vez nos últimos 50 anos o Congresso dos EUA realizou uma sessão para tratar de Objetos Voadores Não Identificados, os chamados OVNIs. Por muito tempo o assunto foi motivo de discussões em relação à sua real importância, já que imediatamente remete à ideia de seres extraterrestres. O responsável pelo subcomitê que analisará 144 episódios registrados pelo Pentágono, o deputado democrata André Carson, falou a respeito de como o tema era tabu até mesmo entre técnicos e militares.
“Por muito tempo, o estigma associado a Fenômenos Aéreos Não Identificados impediu boas análises de inteligência. Pilotos evitavam reportar, e eram caçoados quando o faziam. Oficiais do Departamento de Defesa dos EUA delegaram o problema para o quarto dos fundos, ou os colocaram embaixo do tapete completamente, com medo de uma comunidade de segurança nacional cética”, explicou o parlamentar do Estado de Indiana.
No entanto, o que fez os deputados estadunidenses considerarem a pauta uma questão de “segurança nacional”, como diz o próprio documento da sessão pública divulgado, não é exatamente a possibilidade de seres de outros planetas estarem nos monitorando. Os medos da Casa Branca e do Capitólio têm outra origem e são de mais perto, daqui mesmo da Terra.
Militares e cientistas dos EUA sabem perfeitamente que a presença de objetos que não podem ser identificados viajando a uma velocidade muito maior que equipamentos militares convencionais podem ser algum tipo de nova tecnologia estrangeira monitorando o espaço aéreo norte-americano e, naturalmente, as suspeitas recaem sobre China e Rússia, os arquirrivais que figuram historicamente na disputa pela hegemonia mundial com o Tio Sam.
No entanto, todas as análises e investigações feitas pelo Pentágono até agora apontam para o fato de que nenhuma das duas possibilidades (ETs ou então russos e chineses voando sem identidade nos céus dos EUA) é muito plausível, uma vez que tanto a presença de extraterrestres como o desenvolvimento tecnológico estrangeiro reportados em dossiês de inteligência não são hipóteses corroboradas com indícios.