Forças israelenses mataram a jornalista Shireen Abu Akleh, da Al Jazeera, na Cisjordânia ocupada, segundo informações do Ministério da Saúde palestino.
A jornalista Abu Akleh era uma antiga correspondente da TV Al Jazeera Arabic, foi morta nesta quarta-feira (11) enquanto cobria ataques do exército israelense na cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada.
Após ser atingida, Abu Akleh foi levada às pressas para um hospital em Jenin em estado crítico, onde foi declarada morta logo depois, de acordo com o Ministério da Saúde e da própria Aj Jazeera.
No momento em foi morta Abu Akleh estava com colete de imprensa e estava junto com outros jornalistas quando foi morta.
O chefe do departamento de medicina da Universidade al-Najah em Nablus confirmou que Abu Akleh foi baleada na cabeça. O corpo da jornalista foi transferido para uma autópsia.
Posteriormente, o corpo de Abu Akleh foi levado da universidade coberto com uma bandeira palestina. Um funeral oficial será realizado nesta quinta-feira (11) na sede da presidência palestina em Ramallah.
De acordo com outros jornalistas que estavam no local, não havia combatentes palestinos quando os jornalistas foram atacados pelo exército israelense. Os profissionais também refutaram a declaração do governo de Israel de que foram palestinos que abriram fogo contra os repórteres.
A jornalista Shatha Hanaysha, que estava ao lado de Abu Akleh quando foi baleada, declarou à Al Jazeera que não houve confrontos entre combatentes palestinos e o exército israelense e afirmou que os jornalistas foram alvo direto das forças israelense.
Abu Akleh era uma cidadã palestina-americana e foi uma das primeiras correspondentes de campo da Al Jazeera, em 1997.
O porta-voz do governo da Autoridade Palestina (AP), Ibrahim Melhem, classificou o ocorrido como um "crime abrangente cometido contra uma jornalista conhecida.
"O assassinato foi proposital... Haverá uma autópsia dos médicos palestinos, que será seguida por um relatório que inclui todos os detalhes do assassinato. No entanto, todas as testemunhas presentes na cena do crime garantem que foi um atirador israelense que cometeu o crime de forma deliberada", disse Melhem.
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