O Senado dos Estados Unidos aprovou, nesta quinta (7), a indicação do presidente Joe Biden e fez da juíza Ketanji Brown Jackson a primeira mulher negra a assumir uma vaga na Suprema Corte do país. Foram 53 votos a favor e 47 contrários. Além do voto dos 50 senadores democratas, Jackson recebeu o apoio de três republicanos.
Anteriormente, o Comitê de Justiça do Senado não havia chegado a um resultado sobre a votação. O placar havia ficado empatado em 11 a 11.
Jackson só poderá assumir o cargo, que é vitalício, depois da saída do atual ministro Stephen Breyer, que afirmou que se aposentará antes do recesso, em junho.
A sessão do Senado foi presidida pela vice-presidente estadunidense, Kamala Harris, que, em caso de novo empate, daria o voto decisivo. Ela também é pioneira, pois se tornou a primeira mulher negra a ocupar o cargo, depois das eleições de 2020.
O senador democrata, Raphael Warnock, um dos três integrantes negros da Casa, afirmou: “Sou pai de uma jovem negra, para agora estar na glória deste momento. Ver a juíza Jackson ascender à Suprema Corte reflete a promessa de progresso sobre a qual nossa democracia se baseia. Que grande dia para a América”.
Corte dos EUA continua com maioria conservadora
A escolha de Jackson não muda a correlação de forças na Suprema Corte, que conta com maioria conservadora (seis juízes contra três progressistas).
A indicação de uma mulher negra era uma promessa de campanha de Joe Biden, do Partido Democrata.
Apesar dos vários ataques dos republicados contra a indicação, a maioria do Senado ainda é controlada pelos democratas, porque, além dos 50% das cadeiras, conta com o voto da presidência.