GUERRA

Após corredores humanitários, Rússia e Ucrânia voltam a se reunir na segunda-feira

Um dos negociadores ucranianos foi morto neste sábado em Kiev com um tiro na testa

Encontro entre as delegações de Rússia e Ucrânia, na Bielorrússia.Créditos: Ministério da Relações Exteriores da Bielorrússia
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Na próxima segunda-feira (8), negociadores da Rússia e da Ucrânia devem voltar a se reunir com o objetivo de tentar colocar fim à guerra que estourou na última semana. Na segunda reunião, ficou acertada a instalação de corredores humanitários com o objetivo de evacuar civis e garantir suprimentos à população ucraniana. Neste sábado, a Rússia decretou cessar-fogo nas regiões atendidas pelos corredores.

"A terceira rodada de negociações acontecerá na segunda-feira", anunciou David Arakhamiya, negociador ucraniano, pelas redes sociais.

A expectativa é que esse encontro traga avanços mais significativos para frear o conflito armado que ocorre no território ucraniano e nas regiões separatistas pró-Rússia. 

Na última conversa, os países acertaram a criação dos corredores humanitários. 

Um dos membros da delegação ucraniana que participou da primeira conversa com a Rússia, Denis Kireev, foi encontrado morto neste sábado. Ele teria sido morto por agentes de segurança da Ucrânia durante uma tentativa de prisão. Ele era investigado por supostas relações com a inteligência russa.

O que são os corredores humanitários

Corredores humanitários são zonas que ficam livres de ataques militares, sejam eles terrestres ou aéreos, por parte de todos os envolvidos numa guerra, para que a área sirva de ponto de entrada de materiais e serviços voltados ao socorro da população, e por onde civis possam escapar com segurança do perímetro demarcado pelo conflito.

O alto comissário para os Refugiados da ONU, Filippo Grandi, informou em suas redes sociais na noite de quarta-feira (2) que já chega a um milhão o número de civis que conseguiram se refugiar em nações vizinhas à Ucrânia após o início dos ataques militares promovidos pelas tropas russas.

“Em apenas sete dias, testemunhamos o êxodo de um milhão de refugiados da Ucrânia para países vizinhos. Para muitos outros milhões, dentro da Ucrânia, é hora de silenciar as armas, para que a assistência humanitária que salva vidas possa ser fornecida”, escreveu Grandi.