Um casamento com apenas quatro pessoas presentes (dois convidados e dois guardas), além dos noivos. Assim será a cerimônia que formalizará a união entre o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e a advogada Stella Moris.
O casamento, marcado para o dia 23 de março, será na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, Inglaterra, onde Assange está preso há quase três anos.
O ativista espera o resultado do processo de extradição apresentado pelos Estados Unidos, que quer julgá-lo pelo vazamento de informações confidenciais.
A advogada conheceu o ativista durante seu asilo na embaixada do Equador, em Londres, por quase sete anos. Os dois filhos do casal nasceram enquanto ele estava abrigado na representação diplomática do país sul-americano.
A cerimônia ocorrerá durante o horário de visitas e será rápida. Não foi permitida a presença de um fotógrafo para registrar a união, o que desagradou Stella, segundo o site Mediatalks, no UOL.
“Assange é um herói da liberdade de imprensa e deveria estar livre”, diz Lula
O ex-presidente Lula (PT), em várias oportunidades, denunciou a prisão de Assange, que classificou como “grave erro judicial”, que abre precedentes contra a liberdade de expressão e os direitos humanos.
Ao final de 2021, Lula usou as redes sociais prestar solidariedade a Assange, que havia sofreu um AVC no dia 11 de dezembro, em Belmarsh, após anúncio de uma decisão que poderia resultar em sua extradição aos Estados Unidos.
No tuite, Lula divulgou uma foto inédita do encontro que teve em novembro com John Shipton, pai de Assange.
“Assange é um herói da liberdade de imprensa e deveria estar livre. A perseguição contra ele, sua prisão e ameaça de extradição deveriam causar indignação em todos os democratas do mundo”, escreveu o petista, que também foi signatário de uma carta do Grupo de Puebla pedindo liberdade ao ativista.