GUERRA NA UCRÂNIA

Rússia: "extremistas" do Facebook se tornaram "soldados da máquina de propaganda" dos EUA

Embaixada russa rebateu a política da Meta, de Mark Zuckerberg, de autorizar publicações incitando a violência contra soldados russos e cobrou dos EUA ações judiciais contra a gigante de tecnologia

Marck Zuckerberg, CEO da Meta, controladora do Facebook e do Instagram.Créditos: Facebook'
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A Embaixada da Rússia nos Estados Unidos condenou a política do Facebook de autorizar publicações incitando a violência contra seus soldados e afirmou que a Meta, conglomerado de Mark Zuckerberg que administra as redes sociais do grupo, se tornou "soldado da máquina de propaganda" dos EUA.

Em comunicado, a embaixada disse "a política agressiva e criminosa de Meta, que leva à incitação ao ódio e à hostilidade contra os russos, é ultrajante".

Os diplomatas russos descreveram as ações da empresa como mais uma “prova da guerra de informação sem regras declarada em nosso país”, acrescentando que “as corporações de mídia se tornaram soldados da máquina de propaganda do establishment ocidental”.

"Exigimos que as autoridades norte-americanas parem com as atividades extremistas do Meta e tomem medidas para levar os autores à justiça", diz a Embaixada Russa em publicação no Twitter.

"Os usuários de #Facebook e #Instagram não deram aos proprietários dessas plataformas o direito de determinar os critérios de verdade e colocar as nações umas contra as outras", emenda o texto.

Russofobia

Segundo reportagem da agência Reuters nesta quinta-feira (10), a big tech estadunidense Meta liberou o compartilhamento de conteúdos que estimulem a violência contra a população da Rússia no Facebook e no Instagram diante da guerra na Ucrânia. 

"Como resultado da invasão russa da Ucrânia, temporariamente permitimos formas de expressão política que normalmente violariam nossas regras, como discurso violento como 'morte aos invasores russos'", diz comunicado enviado à Reuters por um porta-voz da Meta.

Segundo o texto não serão permitidas mensagens de violência contra civis russos, mas um e-mail enviado aos moderadores da plataforma deixa explícita a brecha de incitação à violência e à russofobia.