O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou neste sábado (26) que vai enviar armas para as Forças Armadas da Ucrânia agirem contra os ataques militares que estão sendo feitos no país pela Rússia desde a última quinta-feira (24).
Segundo Scholz, os militares ucranianos receberão mil armas antitanque e 500 mísseis alemães. "Os ataques russos marcam um ponto de virada. É nosso dever fazer o nosso melhor para ajudar a Ucrânia a se defender contra o exército invasor de Putin", afirmou o líder social-democrata alemão.
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Mais cedo, o governo da Holanda já havia anunciado a doação de 200 foguetes de defesa aérea para a Ucrânia. Os Estados Unidos também resolveram agir para além das sanções econômicas: doaram US$ 350 milhões em assistência militar.
Pela manhã, o Kremlin informou que mandou suspender os ataques na Ucrânia diante da possibilidade do governo do país vizinho aceitar uma negociação. O governo russo, entretanto, anunciou que as intervenções militares foram retomadas pois os ucranianos desistiram de negociar.
Zelensky diz que vai resistir
O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky voltou às ruas da capital Kiev na manhã deste sábado (26) e afirmou que são falsas as informações de que teria se rendido no terceiro dia de ataques das tropas russas, comandadas por Vladimir Putin.
“Muitas informações falsas apareceram na internet dizendo que eu supostamente convoquei nosso exército a depor as armas e que a evacuação está em andamento”, disse Zelensky no vídeo gravado em formato de selfie em frente à Casa Gorodetsky, edifício histórico da Ucrânia que fica em frente ao escritório presidencial.
Com roupas militares, o presidente ucraniano usou o vídeo também para rebater informações de que estaria deixando o país.
"Eu estou aqui. Não vamos depor nenhuma arma. Defenderemos nosso estado porque nossas armas são nossa verdade”, afirma.
Por outro lado, o secretário de imprensa de Zelensky, Sergey Nikiforov, disse que a Ucrânia "sempre esteve e está pronta para negociar a paz e um cessar-fogo" e que aceita iniciar as negociações com Putin.
"Tenho que refutar as alegações de que nos recusamos a conversar. A Ucrânia sempre esteve e está pronta para negociar a paz e um cessar-fogo. É nossa posição permanente. Aceitamos a proposta do presidente russo", escreveu ele em sua conta no Facebook.