LUTO NA IGREJA CATÓLICA

Bento XVI, papa emérito, morre aos 95 anos

Joseph Aloisius Ratzinger, que adotou o nome de Bento XVI em 2005, renunciou ao posto mais alto da Igreja Católica em 2013, sendo sucedido pelo argentino Jorge Bergoglio, o papa Francisco.

Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI.Créditos: Vatican News
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O alemão Joseph Aloisius Ratzinger, que adotou o nome de Bento XVI ao se tornar papa em 2005 - posto que abdicou em 2013 - morreu às 9h34 deste sábado (31), conforme anúncio feito pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Mateo Bruni.

“Com pesar informo que o Papa Emérito Bento XVI faleceu hoje às 9,34, no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano. Assim que possível, serão enviadas novas informações”, afirmou em breve comunicado.

Bento XVI se tornou papa emérito após abdicar do posto mais alto da Igreja Católica no dia 28 de fevereiro de 2013, sendo sucedido pelo argentino Jorge Bergoglio, o papa Francisco.

Conservador e polêmico

Nascido em Marktl am Inn, município alemão do estado da Baviera,0 perto da fronteira com a Áustria, em 16 de abril de 1927, Joseph Aloisius Ratzinger foi ordenado padre em 29 de junho de 1951 e era conhecido por suas posições conservadoras e polêmicas, que defendeu mesmo após abdicar ao papado.

No Segundo Concílio do Vaticano (1962 – 1965), Ratzinger assistiu como peritus (especialista em teologia) do Cardeal Joseph Frings de Colónia.

Realizado em 1961, o Concílio reformou vários temas da Igreja Católica - como a missa, que deixou de ser rezada em latim e passou a ser feita nos idiomas locais - que ainda hoje causam polêmica entre conservadores e progressistas no catolicismo.

No tempo em que esteve como papa emérito, Bento XVI provocou crise na igreja por supostas críticas - desmentidas por ele - ao Papa Francisco, que defendeu o casamento de padres na Amazônia.

Bento XVI também foi acusado de encobrir casos de pedofilia e chegou a admitir a presença em reunião sobre padre acusado de abuso sexual.