Médicos do University College Hospital, em Londres, no Reino Unido, ficaram perplexos com um caso absolutamente incomum registrado na unidade em novembro de 2021, revelado pelo portal médico Science Direct. Um adolescente de 15 anos chegou em pânico para atendimento, relatando que “sentia dores” no pênis e na região pélvica. Questionado sobre algo que possivelmente poderia ter ocorrido para provocar o problema, ele passou a contar uma história confusa, até que resolveu revelar que, “para medir a profundidade do canal do pênis, colocou um cabo USB pela uretra e o introduziu totalmente no órgão”.
A mãe do paciente refutou a versão do filho e disse aos profissionais de saúde que a intenção dele era a de fazer “uma brincadeira erótica”, se estimulando de uma forma diferente.
As primeiras radiografias mostraram uma situação altamente complexa. O cabo, muito extenso, havia sido “socado”, digamos assim, dando voltas que produziram vários nós. Apenas puxá-lo, com cuidado, não foi uma opção válida, tendo em conta o emaranhado que o componente produziu.
Qualquer procedimento que atingisse vasos, músculos, nervos ou outros tecidos penianos poderia provocar sequelas irreversíveis no jovem. Uma ideia ousada, então, foi proposta pelos cirurgiões mais gabaritados do University College Hospital: fazer uma incisão entre o saco escrotal e o ânus do paciente, para que de lá um pequeno corte fosse realizado no músculo bulboesponjoso, o que possibilitou tirar o cabo por inteiro, emaranhado mesmo, com as duas pontas juntas.
O caso já tinha sido reportado por jornais de vários países, como o britânico Daily Mail e o norte-americano New York Post, há cerca de um ano, mas voltaram à tona recentemente após mais detalhes técnicos terem sido divulgados pela publicação científica na internet.
A recuperação do paciente foi excelente, assinalaram os médicos envolvidos na incomum intervenção, que informaram não terem deixado qualquer sequela no jovem, que segue a vida normalmente desde o fim da recuperação.