O ex-presidente Lula (PT) publicou neste sábado (29) um artigo no jornal Le Monde, um dos mais importantes da França. No texto, o petista destaca a política negacionista de Bolsonaro (PL) diante da pandemia e que os brasileiros devem "optar pelo caminho da democracia e da paz".
"Em 30 de outubro, os brasileiros votam em seu futuro, após quatro anos de ódio, mentiras, negação científica e a morte de um número insuportável de nossos concidadãos durante a pandemia Covid-19. Os brasileiros devem agora escolher um governo que defenda a democracia, a paz, a unidade da nossa sociedade e o respeito pelos direitos uns dos outros, ou prolongar a experiência de um poder que repetidamente nos isolou e envergonhou ao redor do mundo", escreve Lula.
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Assim como tem dito em debates, sabatinas e entrevistas, Lula afirma que, caso seja eleito, vai reposicionar o Brasil nas políticas internacionais e que o país voltará a ser uma referência na diplomacia.
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"Meu governo também vai reposicionar nosso país no coração do investimento internacional, para que possa criar empregos e, assim, fazer com que a economia volte a funcionar em benefício de todo o povo brasileiro e não apenas de poucos", afirma.
The Guardian: "Eleição de Lula é importante para todo o mundo"
Em editorial, o jornal britânico The Guardian afirma que a eleição deste domingo (30) é importante não apenas para o Brasil, mas também para o resto do mundo e que a reeleição de Bolsonaro é danosa para todo o planeta.
"um segundo mandato presidencial seria uma má notícia não só para os brasileiros, mas também para o resto de nós. O principal perigo é a catástrofe climática", diz a publicação.
Além da questão climática, o The Guardian também coloca que a permanência de Bolsonaro no poder é uma ameaça para a democracia.
"Um risco secundário – mas ainda profundamente alarmante – é de um novo entrincheiramento do autoritarismo antidemocrático. Se o sr. Bolsonaro for reeleito, ele será encorajado, e se beneficiará da presença de direita fortalecida no Congresso. Há temores de que ele possa minar as instituições e mudar a Constituição para permitir-se um terceiro mandato", alerta o jornal.
Por fim, o The Guardian afirma que, ainda que derrotado, as forças de extrema direita que orbitam em torno de Bolsonaro saíram fortalecidas no primeiro turno e "nada impede que o presidente retome o palácio do Planalto no futuro". Ao término do texto, a publicação destaca a ampla aliança de Lula e afirma que até forças conservadoras "reconhecem o que está em jogo. O resto de nós deve esperar que o suficiente de seus compatriotas o faça”.