APURAÇÃO

Fake news: radialista dos EUA, amigo do clã Bolsonaro, é condenado a pagar US$ 1 bilhão

Alex Jones propagou a falsa informação de que tiroteio em massa de 2012, no qual 26 pessoas foram mortas, foi encenado e que as famílias eram “atores"

Jones e Eduardo Bolsonaro.Créditos: Reprodução/YouTube
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O radialista de extrema direita, Alex Jones, que comanda o programa “Infowars”, nos EUA, foi condenado, nesta quarta-feira (12), a pagar US$ 1 bilhão por propagar fake news. Ele é amigo do clã Bolsonaro.

Em 2012, Jones disseminou notícia falsa sobre o massacre em uma escola de Sandy Hook. Ele afirmou, e manteve a versão durante anos, que o episódio era uma farsa inventada pelo governo dos EUA. Foi condenado por difamação de acordo com o New York Times, em duas instâncias.

Um dos entrevistados pelo apresentador de extrema direita, em seu site, foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro (PL).

Durante participação no programa, Eduardo declarou que já quis ser um representante do “Infowars” no Brasil.

De acordo com o New York Times, o júri do segundo julgamento do caso considerou Jones culpado por difamação, após o apresentador passar anos acusando famílias das vítimas e outros envolvidos de serem atores. No ataque, 20 crianças e seis adultos foram assassinados. Por causa das mentiras contadas por ele, as famílias foram ameaçadas pessoalmente e na internet.

Jones é radialista advogado e teórico da conspiração, além de amigo da família Bolsonaro. Seu site, aparentemente de notícias falsas, foi banido do YouTube, do Spotify e do Twitter por discurso de ódio

O deputado federal, Alencar Santana (PT-SP), líder da Minoria na Câmara, postou em suas redes sociais a seguinte mensagem: