Jair Bolsonaro (PL) continua se opondo a tudo que visa minimizar os problemas sanitários do país e do mundo. O governo brasileiro, agora, declarou ser contra a ideia, apresentada em Genebra, na Suíça, para aumentar em 50% o orçamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O projeto é defendido pela cúpula da agência e, também, por inúmeros governos europeus e africanos. Mesmo assim, o Itamaraty não está disposto a ser favorável à proposta de elevar o orçamento.
Com as contribuições obrigatórias dos governos, o aumento de 50% permitiria que a entidade contasse com US$ 1,2 bilhão (R$ 7,06 bilhões) extra para combater surtos, epidemias e lidar com problemas de saúde pública.
Cada país paga com base em um cálculo que leva em consideração o tamanho do PIB, condições de desenvolvimento, além de outros fatores.
Em relação ao Brasil, a contribuição para a OMS é de US$ 15 milhões (R$ 81,5 milhões) anuais, o que faz do país o sétimo entre os principais colaboradores.
O Itamaraty acha que o debate sobre o fortalecimento da OMS precisa estar baseado em “novas premissas”, segundo a coluna de Jamil Chade, no UOL. O órgão brasileiro entende que qualquer decisão a respeito do aumento de orçamento deve estar acompanhada de relatórios sobre ganhos de eficiência, redução de custos, governança e transparência.
OMS teme que doadores privados dominem a agenda da agência
A OMS receia que, sem esse aumento nos recursos, os próximos anos serão de uma marginalização gradual da instituição. Outro panorama é que doadores privados acabem dominando a agenda da agência.
Hoje, a Fundação Gates, do bilionário Bill Gates, fundador da Microsoft, é a maior doadora da OMS, com US$ 775 milhões (R$ 4,2 bilhões) no orçamento de 2022 e 2023.
Com informações da Sputnik