A repercussão na imprensa internacional da morte do guru astrólogo da família Bolsonaro, Olavo de Carvalho, que faleceu nos EUA nesta terça-feira (25) aos 74 anos, foi no mesmo tom da cobertura feita do governo extremista do presidente brasileiro: com muita ridicularização.
A agência britânica Reuters destacou a "paranoia anticomunista" de Olavo e falou um pouco sobre suas "teorias conspiratórias" que mesclam a "China, Facebook a até o magnata George Soros". Na mesma linha, o também britânico The Guardian chamou o autointitulado filósofo de “negacionista do coronavírus” e atribuiu a ele uma espécie de mentoria em relação aos membros da família Bolsonaro.
“Provocador” e “teórico da conspiração” foram os predicados atribuídos a Olavo pela agência internacional com sede nos EUA Associated Press (AP), que recordou o histórico “marginal” do bravateiro radicado em Richmond, a quem igualmente atribuiu muita influência sobre o grupo político que chegou ao poder no Brasil.
Já a Bloomberg, também dos EUA e de propriedade do magnata e ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, chamou o ídolo dos bolsonaristas de “cruzado da extrema direita”, ao passo que o francês Libération o classificou como um “mestre espiritual” do chefe de Estado brasileiro.
Ainda na França, o Le Monde lembrou da saída às pressas do Brasil de Olavo, em novembro do ano passado, narrando a epopeia do “pensador de extrema direita”, que segundo o diário parisiense fugiu de carro para o Paraguai, comprou passagens em dinheiro vivo e voou para Miami com medo de ser preso pelas autoridades judiciais brasileiras após a série de impropérios de que proferiu do exterior durante de vários anos.