O gabinete ministerial de Gabriel Boric, novo presidente do Chile, terá ampla maioria feminina: serão 14 mulheres e 10 homens. A média de idade é de 49 anos, e oito dos 24 nomes são independentes, sem vínculo com partidos políticos.
Alguns também são dos partidos da antiga Concertación, o que indica que Boric já ampliou sua base de apoio e a presença da esquerda no Congresso.
Na apresentação do gabinete, realizada no parque Quinta Normal, na cidade de Santiago, Boric prometeu fazer um "governo cidadão, de portas abertas, fechado e sempre ao lado do povo”. O próximo presidente afirmou ainda que são "pessoas preparadas" e "comprometidas com a agenda de mudanças" que busca promover.
A ministra da Defesa será Maya Fernandez Allende, neta de Salvador Allende, cujo governo foi derrubado pelo golpe de Estado articulado pelo Exército chileno e colocou o ditador Augusto Pinochet no poder.
A popular sanitarista Izkia Siches, que não integrava a política partidária até ser convidada por Boric para se tornar a coordenadora de sua campanha no segundo turno, será a ministra do Interior. Esta é a primeira-vez que o ministério, um dos mais importantes do governo, será ocupado por uma mulher.
Os demais ministros são: Marcela Ríos, Justiça e Direitos Humanos; Javiera Toto, Bens Nacional; Mario Marcel, Fazenda; Jeannette Jara, Trabalho e Previdência Social; Claudio Huepe, Energia; Giorgio Jackson, Secretaria-Geral da Presidência; Juan Carlos García, Obras Públicas; Maisa Rojas, Meio Ambiente; Camila Vallejo, Secretaria-Geral de Governo; Begoña Yarza, Saúde; Julieta Brodsky, Cultura, Arte e Patrimônio; Nicolás Grau, Economia, Fomento e Turismo; Carlos Montes, Urbanismo; Alexandra Benado, Esporte; Jeannette Vega, Desenvolvimento Social; Esteban Valenzuela, Agricultura; Antonia Orellana, Mulher e Igualdade de Gênero; Marco Ávila, Educação; Marcela Hernando, Minas; Flavio Salazar, Ciência e Tecnologia; Juan Carlos Muñoz, Transporte e Telecomunicações; e Antonio Urrejola, Relações Exteriores.