Será? À Fox News, Eduardo Bolsonaro diz que prefeito de NY é marxista

A paranoia vexatória não acabou lá pelas bandas do Tio Sam. Filho do presidente brasileiro aconselhou ainda o povo dos EUA: “Não pensem que a Venezuela é algo muito distante de vocês”

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Quem acha que o vexame em escala planetária de Jair Bolsonaro e seu séquito em Nova York já terminou, está enganado. Depois de ir à Assembleia Geral da ONU sem tomar vacina, de comer pizza com a mão na calçada por não poder entrar nos estabelecimentos, de ser avacalhado pela imprensa mundial por sua postura negacionista e de fazer um discurso que mais parecia um compilado de teorias conspiratórias do WhatsApp no púlpito das Nações Unidas, agora foi a vez do filho do presidente brasileiro se expor ao ridículo.

Numa entrevista ao canal norte-americano Fox News, Eduardo Bolsonaro afirmou que o prefeito de Nova York, Bill De Blasio, é marxista. Sim, o alcaide do centro mundial do capitalismo seria um ferrenho seguidor do filósofo alemão Karl Marx, o teórico do comunismo. E não para por aí. O 03 disse ainda que De Blasio é discípulo do italiano Antonio Gramsci, o temido (pelos paranoicos) filósofo italiano que teorizou sobre a importância de se combater a dominação cultural da burguesia sobre a classe trabalhadora.

O jornalista Tucker Carlson, conhecido por apreciar versões conspiratórias, e que é um ícone da imprensa conservadora dos EUA, perguntou ao ultrarradical filho presidencial sobre a forma incisiva como o prefeito novaiorquino enquadrou seu pai, aconselhando-o a se vacinar e dizendo que, caso não o fizesse, não seria bem-vindo à Big Apple. Foi então que Eduardo respondeu:

“Isso mostra como pessoas de esquerda são. Elas querem controlar tudo. Eu sei que De Blasio é um marxista que segue muito o que Antonio Gramsci diz”, afirmou.

A maluquice foi muito além e chegou ao ponto do rebento de Jair Bolsonaro aconselhar o povo dos EUA a se manter vigilante para que o país não vire uma nação comunista, segundo ele, “como a Venezuela”, algo que estaria próximo.

“Eu tenho um conselho para o povo americano: não achem que a Venezuela é algo muito distante de vocês. Na década de 90, se você falasse aos venezuelanos que um dia a Venezuela se transformaria numa ditadura, eles nunca levariam a sério. Essa é uma forte mensagem com a qual você precisa se importar”, encerrou.

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